Em situação crítica em Barão de Cocais, na Região Central do estado, o talude norte da Mina Gongo Soco já deslocou 2 metros em 2019, segundo informações da Agência Nacional de Mineração (ANM). Segundo o último relatório da ANM, divulgado ao meio-dia desta quinta-feira (30), a estrutura se desloca a 24,6 centímetros por dia em sua porção inferior.
Ainda de acordo com o relatório da agência, alguns pontos do talude já se movimentam a 29,1cm/dia.
A Vale, empresa responsável pela mina Gongo Soco, informou que as últimas análises indicam que há “grande possibilidade” do talude norte escorregar para a cava do complexo minerário. O buraco tem cerca de 100 metros, segundo as autoridades.
Caso o talude escorregue para dentro da cava, de acordo com a Vale, diminuem as chances de impacto sobre a Barragem Sul Superior. O barramento está no mesmo complexo e em iminente risco de colapso, o nível 3 da escala de risco, desde 22 de março.
Segundo a Agência Nacional de Mineração (ANM), o talude se movimentava 10 centímetros por ano desde 2012, medida aceitável para uma cava profunda. Contudo, desde o fim de abril, a velocidade do deslocamento aumentou para cinco centímetros por dia, até atingir o quadro crítico atual.