Jornal Estado de Minas

Vacinação contra gripe atinge 76% entre crianças e gestantes

Das cinco mortes registradas em Minas Gerais, três foram em Belo Horizonte - Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press
O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira, que 4,2 milhões de crianças e gestantes ainda não se vacinaram contra a gripe. De acordo com balanço divulgado pela pasta, a cobertura vacinal está em 76% nos dois grupos e ainda não atingiu a meta 90% de vacinação contra o vírus Influenza. 

São 3,7 milhões de crianças e 514,5 mil de gestantes que deixaram de se proteger contra a gripe. A partir desta segunda-feira, toda a população pode se vacinar contra a gripe nos postos do Sistema Único de Saúde (SUS).

Além de crianças e gestantes, também estão abaixo da meta de vacinação os trabalhadores da área de saúde, com 80,4%, as pessoas com comorbidade (75,6%), a população privada de liberdade (61,7%) e os profissionais das forças de segurança e salvamento (38,9%).

Segundo o Ministério da Saúde, todos os grupos prioritários ainda podem se vacinar contra a gripe até acabarem os estoques da vacina.

Meta

De acordo com o ministério, entre os grupos que atingiram a meta de 90% estão os funcionários do sistema prisional , as puérperas, que são as mulheres com até 45 dias após o parto , professores, indígenas e idosos.

"A escolha do público prioritário no Brasil segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), por serem grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. A vacina é a forma mais eficaz de evitar a doença", informou o ministério.

De acordo com o Ministério da Saúde, neste ano, até 11 de maio, foram registrados 807 casos de síndrome respiratória aguda grave por influenza em todo o país, com 144 mortes. Até o momento, o subtipo predominante de gripe no país é o vírus Influenza A (H1N1) pdm09, com 407 casos e 86 óbitos.

Segundo a pasta da Saúde, já foram disponibilizadas 9,5 milhões de unidades da vacina para o atendimento da população neste ano. O tratamento deve ser feito, preferencialmente, nas primeiras 48 horas após o aparecimento dos sintomas.

Em Minas Gerais

Desde o início do ano, Minas Gerais já registrou 1.105 casos de síndrome respiratória aguda grave. Desses, 56 já estão confirmados como tendo sido provocados pelo Influenza e 148 por outros vírus respiratórios. O restante das amostras ainda está sendo analisado.
Ao todo, cinco pessoas já morreram em todo o estado. 

O H1N1 é o subtipo do vírus Influenza que mais provocou a síndrome: foram 47 casos confirmados, seguido pelo H3N2, com quatro casos. Também há confirmação de infecção por Influenza B e Influenza A não subtipado. 



Das cinco mortes registradas no estado, três foram em Belo Horizonte. Além disso capital mineira concentra quase metade dos casos de síndrome aguda por Influenza. 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foram 30 casos confirmados. Desses, 28 por H1N1, um por Influenza A sem subtipo definido e um por Influenza B. 

As outras mortes foram registradas em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e em Andrelândia, no Sul do estado.

Outros estados

Entre os estados, oito conseguiram bater a meta de 90%: Amazonas (100,1%); Amapá (99,3%); Pernambuco (95%); Espírito Santo (93,6%); Rondônia (94%); Maranhão (93,5%); Rio Grande do Norte (92,3%) e Alagoas (93,4%). O balanço nacional da campanha ficou em 81,1% de cobertura.

O estado com mais baixo índice de cobertura é o Rio de Janeiro, com 66,33%, seguido por São Paulo, com 73,78%.

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