Jornal Estado de Minas

Os números que põem Minas na liderança dos casos de dengue no país

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A epidemia de dengue que avança sobre Minas Gerais coloca o estado na incômoda posição de registrar no país o maior número de casos prováveis – que englobam os confirmados e suspeitos. Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostra que foram 322.870 registros da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, em dados totalizados até 25 de maio. A incidência de registros por 100 mil habitantes também assusta, chegando a 1.534,5. Nos dois indicadores Minas está à frente de São Paulo, que tem 320.399 notificações e incidência de 703,6. O estado vizinho assume a liderança no número de mortos, com 114, contra 65 em território mineiro. A alta na quantidade de pessoas contaminadas pelo vírus é puxada por Belo Horizonte. Em boletim divulgado ontem, as confirmações na capital mineira chegaram a 32,5 mil e as mortes, a 12.

Já o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostra que o país já teve 965.037 casos prováveis da doença, 33,4% deles registrados em Minas Gerais. Chama a atenção a incidência de casos por 100 mil habitantes, que é disparadamente a maior registrada no país neste ano.
A segunda maior taxa é do Mato Grosso do Sul, com 1.080,9, seguida de Goiás, com 1.067,6.

A estatística negativa também fica evidente no total de registros da doença. Somados, Minas (322.870) e São Paulo (320.399) têm 634.269 registros, a maioria absoluta das 965.037 contaminações prováveis no país. O terceiro da lista é Goiás, com 73.892 notificações, seguido do Paraná, com 37 mil, Espírito Santo, com 30.595, e Mato Grosso do Sul, com 29.703. Em relação às mortes, Minas é o segundo da lista, atrás apenas de São Paulo. Depois, vêm Goiás, com 23 óbitos, e Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, ambos com 21.

AVANÇO
Dados da Secretaria de Estado de Saúde divulgados no dia 3 mostram dados mais atualizados da dengue, e uma situação ainda pior. Segundo esses dados mais recentes, Minas Gerais já registrou 372.153 casos prováveis da virose, com 67 mortos. Outros 115 óbitos ainda estão sendo investigados.
Mesmo com a estiagem e o tempo mais frio, o que inibe a proliferação do mosquito Aedes aegypti, os casos seguem se multiplicando.

A média é de 2.416,5 registros por dia. Nas últimas quatro semanas, 251 municípios mineiros apresentaram incidência muito alta ou alta de casos prováveis, o que é considerado epidemia. Outros 169 apresentaram média incidência. O mês de maio teve o maior número de casos no estado nos últimos 10 anos, com 91.978 notificações no período. Para se ter uma ideia, o número é superior quando comparado aos casos nos 12 meses de 2011, assim como os de 2012, 2014, 2017 ou 2018.

A epidemia deste ano também caminha para ser uma das mais letais da história no estado. Além das 67 mortes confirmadas em decorrência da dengue, há 115 ainda sendo investigadas. Caso todos se confirmem, seriam 182 óbitos causados pela enfermidade. O total só ficaria atrás dos casos fatais de 2016, a pior epidemia de dengue já registrada no território mineiro, quando 208 pessoas perderam a vida.

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