Há muito tempo Belo Horizonte não tinha seguidos dias de frio intenso. O clima, que para muitos é bastante agradável, pode trazer riscos, principalmente a gripe. A campanha nacional, que foi aberta para toda a população nesta semana, teve fim ontem. Doses extras não serão enviadas para os postos de saúde de Belo Horizonte. A preocupação é que o vírus Influenza está circulando na capital mineira e provocando mortes. Já são oito óbitos registrados neste ano na cidade, sendo seis pelo tipo A H1N1, que provocou uma epidemia mundial em 2009. Os outros dois foram por um vírus não subtipados.
A oportunidade da população de se vacinar gratuitamente contra a gripe terminou ontem. Pela primeira vez, Belo Horizonte estendeu as doses a pessoas fora do público prioritário, possibilidade aberta pelo Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, desde o início da campanha nacional, em 10 de abril, foram distribuídas um milhão de doses na cidade. Na última semana, aproximadamente 47 mil doses também foram entregues para todos os 152 centros de saúde da cidade.
Ontem, alguns postos de saúde da Região Centro-Sul de Belo Horizonte estavam com cartazes pendurados nas entradas alertando para o término das vacinas. Ao ser questionada sobre se a população poderia procurar postos que possam ter o imunizante disponível na segunda-feira, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) afirmou que a campanha de vacinação se encerrou.
A capital mineira estava prestes as alcançar a meta estipulada pelo Ministério da Saúde em relação ao público prioritário, segundo balanço divulgado na quinta-feira. Mais de 780 mil pessoas do público-alvo já haviam se vacinado, o que corresponde a 89,8% de cobertura vacinal. A meta é de 90%. A preocupação continua sendo com crianças de 6 meses a 5 anos e gestantes, que apresentam o menor índice, com 68,2% e 65,2%, respectivamente.
MINAS GERAIS
O último balanço da gripe divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) foi em 25 de maio. Na ocasião, foram confirmados 56 casos de SRAG por Influenza. A maioria – 47 – foi por H1N1. Naquela data, cinco mortes haviam sido registradas, sendo duas em Belo Horizonte, uma em Juiz de Fora, na Zona na Mata, e outra em Andrelândia, no Sul de Minas.