O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve a internação em hospital de custódia de Ezequiel Miranda Silva. Ele é acusado de assassinar a facadas a estudante Isabella Perdigão Martins Ferreira, de 21 anos. O crime aconteceu em 2017. Em outubro do ano passado, ele foi considerado portador de ''doença mental associada a uma perturbação da saúde mental”. Diante disso, foi determinada a internação por tempo indeterminado. A defesa recorreu pedindo que a medida fosse alterada para tratamento ambulatorial.
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Homem que matou jovem em calourada da PUC Minas tem sentença confirmada pelo TJMGJustiça classifica homem que matou estudante da PUC como doente mentalO pai da universitária, Paulo Cesar Martins Ferreira, também foi ferido por Ezequiel, após entrar em luta corporal com o vizinho na tentativa de socorrer a filha. Segundo a PM, em seguida Ezequiel subiu para o apartamento da vítima em perseguição à mãe e a dois irmãos da estudante. Os familiares se trancaram em cômodos do imóvel para se defenderem.
O homem conseguiu arrombar a porta do banheiro onde a mãe se escondia. Ele ameaçou a mulher, feriu-a e a colocou para fora do apartamento, ainda conforme a polícia.
Internação
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) classificou Ezequiel como portador de ''doença mental associada a uma perturbação da saúde mental'' e o considerou como isento de pena. A juíza sumariante do 2º Tribunal do Júri da capital, Âmalin Aziz Sant' Ana, determinou sua internação em hospital psiquiátrico por tempo indeterminado, pelo prazo mínimo de três anos. O réu recorreu da decisão, requerendo alteração da medida de segurança de internação para medida de tratamento ambulatorial.
O pedido foi negado por unanimidade pelos desembargadores. A relatora do processo, desembargadora Denise Pinho da Costa Val, ressaltou que, ainda que se venha admitindo na doutrina e jurisprudência a possibilidade do tratamento ambulatorial, no presente caso, “a periculosidade do acusado pode ser constatada pela própria gravidade dos delitos praticados, sendo certo (...) que Ezequiel estava interessado nas vítimas Isabella e Christiana e, no dia dos fatos, matou a primeira e tentou matar a segunda, porque não se sentiu correspondido”.
Outro fato lembrado pela desembargadora é a pouca adesão de Ezequiel à medicação. “O próprio apelante informou que já esteve em hospital psiquiátrico, recebeu alta médica com indicação de uso de alguns medicamentos, contudo não os usou”.