"Ele juntava a comodidade com o lucro. Guilherme era o elo do aglomerado com usuários de mais alto padrão aquisitivo. Usuários, muitas vezes, têm medo de ir aos aglomerados, nas bocas de fumo, para adquirir droga e Guilherme conseguia fazer esse elo", informou o sub-inspetor 1ª Delegacia do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) Gabriel Bacellete.
A Polícia Civil apreendeu 25 quilos de maconha, considerada de alta qualidade, no box que fica na garagem para que os moradores guardem diversos pertences. A polícia também apreendeu uma máquina de cartão, que indicava que a comercialização não era feita apenas com dinheiro vivo. Por ser de alto luxo, o condomínio oferece boxes individuais para cada morador. De acordo com a polícia, o box funcionava como uma espécie de um cofre.
Guilherme atuava com a ajuda de Gabriel de Freitas Vieira Landim, de 22 anos. Os dois foram presos e a polícia investiga outros envolvidos no esquema. Na casa de Gabriel, no bairro Santo André, a polícia apreendeu 700 gramas de haxixe.
Guilherme liberava a entrada de usuários de drogas e outros traficantes que frequentavam o condomínio para buscar a droga. "Por ser morador, ele possui o controle da garagem. Quando chegava algum carro, cuja venda de droga já havia sido esquematizada por Whatsapp, entrava pela garagem e ficavade frente para o box, onde ficava a droga", informou o sub-inspetor. De família de alto poder aquisitivo, o jovem buscava a droga no aglomerado para vender em um "local seguro", que era o condomínio no Vale do Sereno.
De acordo com os investigadores, nem a família de Guilherme, tampouco moradores e o porteiro desconfiavam do envolvimento do jovem na comercialização de droga. "Imagina você chegar com seu filho, sua família, e deparar-se com uma transação de droga. Será que o traficante deixaria você ir embora para casa? Será que o traficante não temeria por uma delação?", questionou o sub-inspetor.