Jornal Estado de Minas

Greve geral: CBTU diz que vai apurar ação de empregados que aderiram à greve do metrô

Estações serão reabertas 5h15 deste sábado - Foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de Belo Horizonte se manifestou contra a paralisação dos metroviários realizada nesta sexta-feira na greve geral. Devido ao ato, nenhuma composição rodou na capital mineira. O protesto aconteceu mesmo com decisão do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais que determinou a escala mínima. O serviço será retomado às 5h15 de sábado.

Veja como foi o protesto nesta manhã

Por meio de nota, a CBTU mostrou consternação "em face do descumprimento da ordem judicial" e informou que vai tomar as medidas cabíveis. Além disso, ressaltou que vai apurar a situação de trabalhadores que aderiram ao movimento.

“A Companhia esclarece que tomará todas as providências legais, em razão do ato, bem como adotará ações internas para apurar a ação dos empregados que não se apresentaram em seus postos de trabalho, conforme determinado na liminar deferida pelo desembargador e 1º Vice-Presidente do TRT, Márcio Flávio Salem Vidigal”, disse, em nota.



A liminar foi concedida pelo TRT a pedido da companhia e impõe ainda multa de R$ 200 mil.
Nessa quinta-feira, Sindicato dos Metroviários (Sindimetro-MG) informou ao Estado de Minas que foi notificado sobre a decisão judicial por volta das 11h30. Portanto, não seria possível desmobilizar a categoria às vésperas da paralisação.

Estações fechadas


Nesta sexta-feira, nenhuma estação do metrô foi aberta. Muitos moradores foram surpreendidos. "Em razão dessa decisão da categoria, todas as 19 estações do metrô encontram-se fechadas e assim permanecerão ao longo de todo o dia", informou a CBTU por meio de nota enviada mais cedo.

Prejuízos no comércio


A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) lamentou os reflexos negativos na economia municipal devido a paralisação dos metroviários. O ato, segundo a CDL, teria diminuído o fluxo de consumidores na cidade. “A alegada legitimidade do movimento, argumento de seus líderes, é uma questão jurídica.
Mas, em nosso entendimento, qualquer razão que eles venham a ter se perde quando a liberdade da maioria da população é afetada”, afirmou, por meio de nota, o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Segundo ele, a CDL busca, junto aos Poderes constituídos, a preservação do percentual legal mínimo de atendimento do referido meio de transporte à população, “de modo a garantir que os
trabalhadores do comércio e consumidores não fiquem privados do legítimo direito de comparecer
aos seus postos de trabalho, bem como de efetuar suas compras, comparecer a escolas, consultas
médicas, e tantos outros compromissos diários”..