A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu três homens suspeitos de integrarem uma quadrilha de roubos de bicicletas em prédios da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ao todo, o grupo criminoso era composto por sete membros, mas três já estavam presos por outros crimes e um deles segue foragido. A operação, realizada nesta sexta-feira (14), ganhou o nome de “Mountain Bike”.
De acordo com o chefe do 1º Departamento de Polícia Civil em Belo Horizonte, delegado-geral Wagner Sales, as investigações começaram em março deste ano, quando um funcionário da Faculdade de Medicina da UFMG foi até a delegacia prestar queixa de roubo de sua bicicleta.
A partir daí, os policiais analisaram outras ocorrências registradas e chegaram à conclusão de que havia uma quadrilha especializada em roubos operando nos prédios da instituição federal de ensino. Além do funcionário que relatou primeiramente o furto, outras 15 vítimas dos ladrões foram identificadas.
No entanto, o investigador acredita que a quadrilha tenha feito mais vítimas, já que o levantamento é feito com base nos boletins de ocorrência e algumas pessoas podem ter optado por não prestar queixa.
Para roubar os meios de transporte, os suspeitos se misturavam entre os estudantes. “Eles se vestiam como os alunos, rompiam os cadeados em bicicletários e levavam a bicicleta”, detalha o delegado. Após o roubo, a quadrilha tinha sempre um motorista à espera para facilitar e agilizar a fuga.
Ainda segundo o delegado, os suspeitos buscavam, principalmente, modelos de bicicletas com preços mais elevados. “Eles davam preferência para bicicletas com freio a disco, que são objetos com muita liquidez e com um valor mais alto”, afirma. As bicicletas roubadas são avaliadas entre R$ 1,5 mil a R$ 5 mil e seriam vendidas pelo criminosos por cerca de R$ 500.
Depois de levantamentos, os investigadores descobriram que os ladrões moravam no Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul da capital mineira. Nesta sexta-feira, os policiais foram ao local e cumpriram 10 mandados de busca e apreensão.
Os três presos têm 21, 23 e 28 anos. Os que já estavam presos têm 24, 25 e 29. Todos eles têm passagem por tráfico, roubo ou até agressão doméstica. Os suspeitos vãoresponder por furto qualificado e associação criminosa.
O sétimo integrante da quadrilha seria o responsável por conduzir o veículo de fuga da quadrilha. Segundo os investigadores, os ladrões se auto-intitulam “Bonde dos Ladrões” e o dinheiro ganho com a venda das bikes iam para o caixa do tráfico de drogas da região.
De acordo com Wagner Sales, a partir de agora, a operação deve continuar. A nova fase será destinada à localização dos compradores das mercadorias roubadas, para que as bicicletas possam ser devolvidas aos donos.
*Estagiário sob supervisão da redação do Estado de Minas
*Estagiário sob supervisão da redação do Estado de Minas