Os clientes de banco se sentem seguros em agências bancárias por causa do monitoramento 24 horas por dia. Mas, a atuação de um criminoso impôs medo e deu prejuízos a vários moradores em Belo Horizonte. Ao menos seis pessoas foram atacadas pelo homem, que agia, na maioria das vezes, nos arredores da Praça Raul Soares, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. As vítimas eram todas as mulheres que fizeram saques em caixas eletrônicos no domingo, onde a movimentação nas agências é menor.
As investigações tiveram início depois que vários roubos foram relatados na Região do Barro Preto. Segundo a Polícia Civil, Luiz Carlos da Silva Paula, de 22 anos, agia sempre da mesma forma. Ele aguardava na porta da agência, sempre aos domingos, quando o movimento é menor. Quando a vítima, mulher, entrava e realizava o saque, o homem atacava.
“Ele entrava logo depois da vítima e esperava a retirada do dinheiro do caixa automático. Usando sempre de violência e grave ameaça, ele subtraía o valor e, evidentemente, outros objetos de calor, como celulares, e outros bens”, explicou o delegado José Luiz Quintão. Segundo ele, em algumas ações, o homem chegou a dar um golpe, conhecido como 'gravata', em algumas das vítimas.
Diante das suspeitas, equipes da 3ª delegacia montaram uma operação para prender o homem. Nesse domingo, os agentes, à paisana, ficaram de campana na porta de uma agência bancária e conseguiram surpreender o autor.
“Assim que uma mulher entrou na agência, um rapaz moreno, alto de moletom vermelho, que já foi utilizado em outros crimes, entrou também. A equipe aguardou um pouco e entrou em seguida. Os policiais já surpreenderam ele agarrando a vítima e praticando o assalto. De pronto, foi preso e não reagiu”, disse o delegado. O autor foi encaminhado para a delegacia. Já foi feito à Justiça um mandado de prisão preventiva contra ele.
Assaltos em série
A violência praticada pelo autor aconteceu em vários domingos seguidos. Segundo o delegado José Quintão, ao menos seis pessoas já o reconheceram. “Outras vítimas já compareceram na delegacia, já o reconheceram, e agora o trabalho é esse, de continuar chamando as vítimas para que faça o reconhecimento formal”, disse.
A polícia acredita que novas pessoas devem procurar a delegacia. “A divulgação dele é importante para que outras vítimas que não tenha procurado a polícia e nem feito um boletim de ocorrência assim o faça. Seis vítimas já foram catalogadas. Vale ressaltar que ele utilizou o moletom vermelho em alguns crimes e é gago”, comentou o delegado.