Jornal Estado de Minas

Simulado de evacuação é realizado em 'zona quente' de Brumadinho

- Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
Uma simulação de saída de emergência foi realizada na manhã desta terça-feira por militares do Corpo de Bombeiros e demais funcionários que acessam a chamada “zona quente” de buscas em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A atividade faz parte de um procedimento preventivo que visa a segurança de todos que trabalham na área afetada, considerando os riscos que a envolvem.

Cabe ressaltar que, segundo a Defesa Civil, não houve alteração no nível da barragem B6 e Menezes II e que o treinamento visa apenas orientar os profissionais para caso de incidente. A barragem é monitorada diariamente e não oferece risco de rompimento. A simulação envolveu apenas bombeiros e funcionários da Vale, pois a rota da lama não atingiria a população. É uma forma de viabilizar a retirada dos envolvidos em segurança em caso extremo.

De acordo a Defesa Civil, a Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros, que apoiaram a atividade, a simulação ocorreu dentro da normalidade e com margem de tempo suficiente para a evacuação completa da área com segurança. Em nota, a Vale informou que todos os controles e monitoramentos realizados nas barragens apontam para a normalidade das estruturas.

“Internamente, o alarme foi ouvido na área de atuação da corporação e trabalhadores. Externamente, nas comunidades de Córrego do Feijão, Pires, Parque da Cachoeira e nos bairros Estela Passos, Bela Vista, Jota e Planalto. Por se tratar de uma ação preventiva, não foi necessária movimentação por parte da comunidade”, afirmou a mineradora.

Buscas continuam

No 145º dia de buscas, um total 126 bombeiros continuam nas frentes de trabalho em busca das 24 vítimas que ainda não foram localizadas.
Outras 246 vítimas já foram identificadas. 

Para esta terça-feira, são previstas 157 máquinas pesadas, podendo haver alterações no quantitativo ao longo do dia. Um drone do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais atua nas buscas em sobrevoo com com sistema magnético, que ajuda na identificação de objetos metálicos. Segundo a corporação, este recurso permite identificar objetos em até 25 metros de profundidade.

* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 
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