A Secretaria de Meio Ambiente de Contagem investiga se o foco de carrapato-estrela, vetor da febre maculosa, pode ter partido de capivaras que circulam no limite entre o município e Belo Horizonte. O órgão realliza, na noite desta segunda-feira, estudo para identificar se a região é de fato habitat dos roedores.
O número de casos da doença na cidade da Grande BH não para de aumentar. Na sexta-feira, chegou a 65, seis deles já confirmados. Até a manhã de hoje os números eram os mesmos. Na quarta-feira passada, o total era de 56 notificações.
O número de casos da doença na cidade da Grande BH não para de aumentar. Na sexta-feira, chegou a 65, seis deles já confirmados. Até a manhã de hoje os números eram os mesmos. Na quarta-feira passada, o total era de 56 notificações.
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As capivaras são animais de hábitos notívagos, o que faz com que à noite seja o melhor momento para localizá-las. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Contagem, há probabilidade de haver animais que não passaram por castração circulando pelo local.
Uma inspeção noturna já foi realizada pelos técnicos de Contagem ao longo do córrego Água Branca. No entanto, a equipe localizou apenas pegadas do animal. Para rastrear os roedores, foram realizados sobrevoos de drones, que mostraram que eles faziam a região apenas de passagem.
Para o combate ao carrapato-estrela, é feita a castração das capivaras e aplicação de carrapaticida. A castração é uma medida necessária para evitar a proliferação do animail, uma vez que a doença é repassada ao carrapato-estrela pelos roedores contaminados.
A investigação dos hábitos das capivaras no entorno de Contagem é importante para identificar se, de fato, foram elas que levaram os carrapatos ao local do surto. Outra hipótese investigada é a de os carrapatos-estrelas terem sido levados por cavalos, que também são hospedeiros do parasita.
Por essa razão, foram suspensos rodeios no município de Contagem. Uma das ações empreendidas é o banho de carrapaticida nos cavalos de carroceiros da regional Nacional, serviço ofertado até agosto em dois ecopontos. A indicação da secretária é que os banhos sejam realizados a cada 15 dias.
CAPITAL
A Secretaria de Saúde de Belo Horizonte informou que os casos em investigação na capital mineira são de pacientes que apresentaram sintomas da doença e estiveram expostos a condições ambientais propícias para sua propagação. A pasta reafirmou, na semana passada, que não havia nenhum caso confirmado da doença em residente da capital. “A Secretaria Municipal de Saúde acompanha e monitora os casos e, sempre que necessário, emite alerta para os profissionais, de forma a aumentar a sensibilização para a doença. Menos de 5% dos casos notificados são confirmados”, informou.