Após cerca de 100 mortes de animais por envenenamento em Ouro Fino, no Sul de Minas, será realizada, na próxima semana, uma audiência pública para debater o caso e procurar soluções junto à população e órgãos fiscalizadores. A audiência foi convocada pela Comissão de Defesa dos animais, criada recentemente na Câmara Municipal.
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Após ingerir o veneno, muitas vezes disfarçado com pedaço de carne, os animais entram em convulsão e nem sempre os donos conseguem salvar, porque, segundo a população, os criminosos agem durante a noite.
Audiência pública
A audiência, marcada para 2 de julho, a partir das 19h, será na sede do Legislativo e aberta ao público. “Coloquei o requerimento na Câmara e teve aprovação unânime. Agora temos que discutir qual medida tomar”, disse o presidente da Comissão Permanente de Proteção e Defesa dos Direitos Animais, Vanderlei Candido de Almeida (PR).
O vereador apontou também outro perigo sobre o veneno colocado na comida. “Tenho preocupação ainda de alguma criança comer. Temos certeza de que vamos sanar esse problema aqui na cidade”, disse.
Segundo o vereador, autoridades como a Polícia Ambiental, o Instituto Mineiro da Agropecuária e fiscais da prefeitura devem participar do debate na próxima terça-feira. “Vamos tentar unir forças. Ouvindo todos vamos pensar em quais medidas devemos tomar”, disse Vanderlei.
Para a Alquimia, a primeira alternativa é tomar medidas educativas para que a população entenda a gravidade do que tem acontecido na cidade. Posteriormente, outras medidas devem ser providenciadas, como a reserva de um local para recolher os animais das ruas, a construção de hospital veterinário e a castração dos pets. “A ONG tem que andar junto com a comissão, junto com a prefeitura. Precisamos de apoio deles”, exclama a secretária Sandra Luz.
Fiscalização
A população denuncia que o chumbinho tem sido vendido no comércio agropecuário da cidade, como em 2015, quando a polícia prendeu o dono de um desses estabelecimentos. Na época, ele pagou fiança e foi solto.
A orientação, segundo a polícia, é que os casos sejam registrados via boletim de ocorrência. A pena para maus-tratos de animais é de detenção de seis meses a um ano. “A pessoa que faz isso não é ser humano. E o pior que a gente não sabe se é um extermínio ou se são vizinhos que estão incomodados”, reclama Sandra.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie
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