O inquérito que investiga o ataque cinematográfico ao Banco do Brasil em Uberaba, na Região do Triângulo Mineiro, deve ser encerrado em 30 dias. A polícia ainda tenta esclarecer alguns detalhes da atuação da organização criminosa. Entre eles, está a possível fuga de alguns integrantes por um avião. Em entrevista, concedida na tarde dessa quinta-feira (27), o delegado Francisco Gouvea Motta, chefe de departamento de Polícia Civil da cidade, afirmou que foram identificadas pistas clandestinas na região.
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Presos do ataque a Uberaba são paulistas e podem seguir para presídio federalPolícia estende cerco a quadrilha de Uberaba à região de São Roque, no Sul de MinasUberaba: arsenal de ladrões de banco é usado em guerras pelo mundo. ConfiraEm convênio inédito no Brasil, PM terá acesso a 4 mil câmeras de bancos em MinasMorre jovem baleada na cabeça durante ataque a banco em Uberaba Por que o Triângulo Mineiro virou alvo da cobiça de quadrilhas interestaduaisHomem mata parente com machadadas e transporta corpo em carrinho de mãoOs 10 homens presos pelo ataque foram interpelados pelos delegado Gustavo Anai, da Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Roubo a Banco, mas permaneceram calados. “Após o recebimento do presente Reds, foi iniciado o auto de prisão em flagrante delito dos 10 indivíduos. Desde então, já estavam com advogados e reservaram ao direito de permanecerem calados”, afirmou o delegado. Segundo ele, as pessoas que foram feitas reféns em um caminhão também prestaram depoimento.
Os 10 homens foram autuados por latrocínio tentado, explosão, posse e porte de arma de calibre restrito permitido e sequestro. Todos encaminhados para a penitenciária local, onde foi realizado uma audiência de custódia. Em seguida, foram encaminhados para uma unidade do sistema prisional de Minas. Por motivos de segurança, o local não foi divulgado.
O delegado Gustavo Anai ressaltou que os criminosos são de alta periculosidade e destacou o trabalho das forças de segurança de Minas.
“O que podemos adiantar é que são indivíduos de extensa ficha criminal. Não estamos lidando com qualquer quadrilha de furto de galinha. As forças de segurança de Uberaba, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), mostraram para a sociedade a altura do estado”, disse. “Queria destacar a atuação das forças de segurança, onde tenho amigos e irmãos, a resposta que nós demos no modo de enfrentamento e as prisões em flagrantes. Não é para qualquer um. Me sinto orgulhoso em dizer: 'tenho irmãos de arma'”.
“O que podemos adiantar é que são indivíduos de extensa ficha criminal. Não estamos lidando com qualquer quadrilha de furto de galinha. As forças de segurança de Uberaba, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), mostraram para a sociedade a altura do estado”, disse.
R$ 2,5 milhões
A Polícia Civil de Minas Gerais também vai investigar se R$ 2,5 milhões apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta sexta-feira (28), na BR-116, são provenientes do ataque em Uberaba.
A quantia foi encontrada na altura da cidade de Registro, em São Paulo, no painel de uma picape 4x4. O condutor do veículo era um homem de 34 anos, que acabou preso. O suspeito alegou não ser o dono da quantia e que apenas a transportava de um shopping da capital paulista para Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
De acordo com a PRF, toda a quantia estava dividida em vários pacotes escondidos no painel do veículo.
Ainda não foram divulgadas evidências que comprovem a relação entre as ocorrências.
*Estagiário sob supervisão da redação do Estado de Minas