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Estado de Minas

Fuga em aeronave e pista clandestina: veja detalhes da investigação sobre ataque em Uberaba

Polícia investiga se R$ 2,5 milhões apreendidos nesta sexta-feira são provenientes de ataque


postado em 28/06/2019 19:50 / atualizado em 28/06/2019 20:12

Polícia conseguiu prender 10 integrantes da quadrilha(foto: Sérgio Teixeira)
Polícia conseguiu prender 10 integrantes da quadrilha (foto: Sérgio Teixeira)

O inquérito que investiga o ataque cinematográfico ao Banco do Brasil em Uberaba, na Região do Triângulo Mineiro, deve ser encerrado em 30 dias. A polícia ainda tenta esclarecer alguns detalhes da atuação da organização criminosa. Entre eles, está a possível fuga de alguns integrantes por um avião. Em entrevista, concedida na tarde dessa quinta-feira (27), o delegado Francisco Gouvea Motta, chefe de departamento de Polícia Civil da cidade, afirmou que foram identificadas pistas clandestinas na região. 

“Temos pistas clandestinas onde os proprietários utilizam aviões agrícolas. Sabemos que essas pistas são usadas por traficantes. Estão acostumados em fazer isso, principalmente à noite, o que é muito arriscado”, disse, sem cravar que parte do bando deixou a cidade em aeronaves. 

Os 10 homens presos pelo ataque foram interpelados pelos delegado Gustavo Anai, da Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Roubo a Banco, mas permaneceram calados. “Após o recebimento do presente Reds, foi iniciado o auto de prisão em flagrante delito dos 10 indivíduos. Desde então, já estavam com advogados e reservaram ao direito de permanecerem calados”, afirmou o delegado. Segundo ele, as pessoas que foram feitas reféns em um caminhão também prestaram depoimento. 

Os 10 homens foram autuados por latrocínio tentado, explosão, posse e porte de arma de calibre restrito permitido e sequestro. Todos encaminhados para a penitenciária local, onde foi realizado uma audiência de custódia. Em seguida, foram encaminhados para uma unidade do sistema prisional de Minas. Por motivos de segurança, o local não foi divulgado

O delegado Gustavo Anai ressaltou que os criminosos são de alta periculosidade e destacou o trabalho das forças de segurança de Minas.

“O que podemos adiantar é que são indivíduos de extensa ficha criminal. Não estamos lidando com qualquer quadrilha de furto de galinha. As forças de segurança de Uberaba, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado),   mostraram para a sociedade a altura do estado”, disse. “Queria destacar a atuação das forças de segurança, onde tenho amigos e irmãos, a resposta que nós demos no modo de enfrentamento e as prisões em flagrantes. Não é para qualquer um. Me sinto orgulhoso em dizer: 'tenho irmãos de arma'”.

R$ 2,5 milhões


A Polícia Civil de Minas Gerais também vai investigar se R$ 2,5 milhões apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta sexta-feira (28), na BR-116, são provenientes do ataque em Uberaba. 

A quantia foi encontrada na altura da cidade de Registro, em São Paulo, no painel de uma picape 4x4.  O condutor do veículo era um homem de 34 anos, que acabou preso. O suspeito alegou não ser o dono da quantia e que apenas a transportava de um shopping da capital paulista para Balneário Camboriú, em Santa Catarina. 

De acordo com a PRF, toda a quantia estava dividida em vários pacotes escondidos no painel do veículo.  

Ainda não foram divulgadas evidências que comprovem a relação entre as ocorrências.

*Estagiário sob supervisão da redação do Estado de Minas


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