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Estado de Minas

Risco de febre maculosa na Pampulha? Mesmo com apreensão, visitas continuam

Informação de que bactéria causadora da doença que matou cinco em Contagem circula pela Pampulha leva apreensão a visitantes do Parque Ecológico, mas visitação não chegou a cair


postado em 30/06/2019 07:00 / atualizado em 30/06/2019 07:54

Lincoln Salles, que visitou a área de lazer ontem com a namorada e primos mais novos, admite preocupação com a ameaça da doença(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Lincoln Salles, que visitou a área de lazer ontem com a namorada e primos mais novos, admite preocupação com a ameaça da doença (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Preocupação diante de um risco que ameaça voltar a Belo Horizonte. Quem visita o Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego, mais conhecido como Parque Ecológico da Pampulha, tem receio quanto à proximidade da estrutura da Vila Boa Vista, na Regional Nacional, em Contagem – o foco de infestação do carrapato-estrela, parasita transmissor da bactéria da febre maculosa.

A preocupação aumentou ainda mais nesta semana, quando a Secretaria Municipal de Saúde comunicou que amostras coletadas no entorno da Lagoa da Pampulha em abril deram positivo para a presença do micro-organismo responsável por ao menos cinco mortes em Minas neste ano. Por outro lado, quem trabalha no complexo de lazer, localizado a 2,5 quilômetros em linha reta, do foco detectado na cidade vizinha garante que não houve queda na visitação das dependências.

Mas mesmo entre os que não deixam o lazer no complexo têm suas apreensões. O professor Geraldo Durães, de 78 anos, estava com o neto ontem no Parque Ecológico, local preferido deles para soltar pipa. “É um problema sério. Sempre montam um problema imenso para uma coisa que parece fácil de ser resolvida. Eu venho muito aqui e, agora, a preocupação aumenta, porque é uma doença que mata”, analisa.

Lincoln Salles, de 22, também escolheu o Parque Ecológico para soltar pipa com os primos mais novos e a namorada. Ele também vê a proximidade com a Vila Boa Vista como uma preocupação a mais nas visitas à Pampulha. “Pensei duas, três vezes antes de vir. Ainda mais com crianças, que têm o sistema imunológico mais frágil”, contou o engenheiro.

Mesmo diante da ausência de casos confirmados em BH, logo ao entrar no Parque Ecológico o visitante vê um grande cartaz da prefeitura com recomendações para evitar a contaminação pela febre maculosa. Folhetos também estão à disposição do cidadão. Nos materiais, pode-se encontrar informações básicas sobre a doença, como a maneira como ocorre a infecção, sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção e dicas para se manter seguro.

Entre as recomendações está a necessidade de sempre examinar o corpo cuidadosamente, de duas em duas horas, já que para que a transmissão ocorra o carrapato deve permanecer na pele por bastante tempo. Os informativos também pedem atenção caso sejam achados carrapatos-estrela. A mensagem avisa para evitar esmagamentos, uma vez que o sangue no parasita pode causar contaminação. 

CONTAGEM Assim como na capital mineira, a cidade de Contagem, onde a proliferação ficou concentrada neste ano, trabalha na conscientização de moradores e visitantes. Nesta semana, a prefeitura local vai promover capacitação para carroceiros da Região Nacional, justamente para informá-los sobre os riscos da febre maculosa. A ação ainda não tem data marcada.

A prefeitura da cidade da Grande BH também trabalha para descobrir de onde vieram os carrapatos que tomaram conta da Vila Boa Vista. Na última segunda-feira, uma vistoria do Executivo municipal, mais uma vez, não encontrou capivaras, um dos hospedeiros do carrapato transmissor, na região. Essa foi a terceira expedição em cursos d'água próximos. As equipes já passaram pelos córregos Muniz, Gangorra e Água Funda – esse último mais próximo da Lagoa da Pampulha e alvo da última atividade.

Diante disso, a prefeitura partiu para outra investigação, iniciada na quinta-feira. O intuito é descobrir por onde passaram os cavalos que pastavam próximo ao terreno contaminado, durante uma cavalgada realizada pela família Santana, que perdeu cinco pessoas pela doença. Outra possibilidade, de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Contagem, gira em torno de capivaras que não passaram por castração em Belo Horizonte e estejam circulando pela região.


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