Motoristas de uma empresa de ônibus que atua no transporte coletivo em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, participam de uma manifestação na manhã desta segunda-feira. Segundo a Polícia Militar (PM), o protesto começou por volta das 4h na garagem da empresa, que fica na Avenida Existente, no Bairro Morro Alto, com 35 pessoas. Os manifestantes tentavam convencer os funcionários a aderir ao protesto.
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Segundo a PM, não houve conflitos. "Estamos acompanhando e não teve nenhum problema, nenhuma confusão. Quem deseja trabalhar está podendo e quem quer reivindicar os seus direitos trabalhistas", disse o tenente Thiago Viana, coordenador da equipe do 36o batalhão que acompanha o movimento.
Um motorista de Vespasiano que pediu para não ser identificado disse que funcionários de diversas empresas estão se mobilizando para aumentar a adesão ao movimento. “A principal reivindicação é porque o nosso ticket alimentação foi cortado durante as férias. A gente tinha direito a receber integralmente durante todo o tempo e desde abril algumas empresas pararam de pagar”, explicou.
- Foto: Edésio Ferreira/EM/DA PressSegundo ele, há informações de que pode ocorrer redução da carga horária e corte total do ticket, e também há empresas que não estão depositando regularmente o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “A gente está programando uma paralisação geral para a próxima segunda-feira, dia 15”, pontuou.
O motorista Anderson Matias Garajal é a liderança dos grevistas, uma vez que o sindicato dos rodoviários metropolitanos não tem representantes no movimento. "Reivindicamos a volta do ticket alimentação quando entramos de férias e de quando somos afastados. Exigimos o depósito do fundo de garantia que é recolhido e não repassado. Manutenção do plano de saúde para os dependentes. A diretoria não quer atender e nem negociar. Sindicato omisso não está do lado dos trabalhadores sem representante. A greve está mantida, não garantiram nem a estabilidade e fizeram ameaças", disse. A paralisação atinge 30 linhas, sendo 23 alimentadoras e sete do Move, com 100 motoristas. As linhas mais movimentadas são 5800 (Caieiras), 500 e 501, que vão ao Centro de Belo Horizonte.
Nos pontos de ônibus, a demora afugentou passageiros. Muitos recorreram a aplicativos, tendo de arcar com os custos extras. Maria Aparecida da Silva, de 34, do lar, estava sem saber se conseguiria transporte. "Faço tratamento no centro de saúde e preciso do ônibus. Parece que voltou a funcionar aos poucos, mas a minha linha ainda não passou. Estou esperando desde 9h (1 hora e 40 de atraso). Tiraram os cobradores e daí dá briga, ônibus estão ficando muito cheios. Se for para melhorar, a gente até espera um pouco mais", disse.
O em.com.br entrou em contato com a Prefeitura de Vespasiano, mas até a publicação da matéria as ligações não haviam sido atendidas. A reportagem também procurou o Sindicato dos Trabalhadores em Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH) e aguarda retorno.
O motorista Anderson Matias Garajal é a liderança dos grevistas, uma vez que o sindicato dos rodoviários metropolitanos não tem representantes no movimento. "Reivindicamos a volta do ticket alimentação quando entramos de férias e de quando somos afastados. Exigimos o depósito do fundo de garantia que é recolhido e não repassado. Manutenção do plano de saúde para os dependentes.
Nos pontos de ônibus, a demora afugentou passageiros. Muitos recorreram a aplicativos, tendo de arcar com os custos extras. Maria Aparecida da Silva, de 34, do lar, estava sem saber se conseguiria transporte. "Faço tratamento no centro de saúde e preciso do ônibus.
O em.com.br entrou em contato com a Prefeitura de Vespasiano, mas até a publicação da matéria as ligações não haviam sido atendidas. A reportagem também procurou o Sindicato dos Trabalhadores em Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH) e aguarda retorno.
“INVERDADES” Por meio de nota enviada à imprensa nesta segunda-feira, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Sintram) diz que a paralisação é ilegal, já que as empresas não foram comunicadas, alega que as manifestações são “baseadas em inverdades que circulam pelo WhatsApp” e que se trata de uma disputa sindical. Leia na íntegra:
"Diante das paralisações verificadas na manhã de hoje (08/07/2019), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Belo Horizonte vem esclarecer que as manifestações são baseadas em inverdades que circulam pelo Whatsapp. A paralisação é absolutamente ilegal, já que as empresas não foram previamente comunicadas conforme dispõe a lei 7.783/1989 e, ainda que os trabalhadores já tenham sido alertados acerca da inveracidade das reivindicações, eles mantêm o movimento. Infelizmente, os colaboradores se recusam a garantir o mínimo da operação exigido por lei, o que tem prejudicado os usuários. Essa paralisação ilegal não foi orquestrada pelo sindicato representante da categoria, mas sim por iniciativa de opositores e, por isso, o SINTRAM e as empresas operadoras dos serviços não se envolverão em disputas de poder e lideranças sindicais e não negociarão com grupos sem representatividade legal.
O SINTRAM reforça que as empresas estão envidando todos os esforços no sentido de retomar o mais brevemente a normalidade da operação e os serviços sejam rapidamente regularizados."
O SINTRAM reforça que as empresas estão envidando todos os esforços no sentido de retomar o mais brevemente a normalidade da operação e os serviços sejam rapidamente regularizados."
Menos de uma hora depois, o Sintram divulgou uma complementação da primeira nota. Leia também:
"Ainda sobre as paralisações verificadas na manhã de hoje (08/07/2019), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Belo Horizonte vem esclarecer que o movimento nada tem a ver com a operação da empresa concessionária, e sim com a tentativa de um grupo de assumir o poder dentro do sindicato."