A mineradora Vale confirmou, nesta segunda-feira, o retorno de 49 moradores que tiveram que sair de casa por conta de riscos envolvendo a Barragem Vargem Grande, em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A Barragem Vargem Grande entrou no nível 2 (anomalias não controladas) da escala de risco em 20 fevereiro, quando a Vale acionou o Plano de Ação de Emergência de Barragens (PAEBM) da represa. A mineradora justifica a ação com a “falta de parâmetros para avaliação de deformações apontadas no sistema de monitoramento por inclinômetros”. Desde então, a mineradora retirou 51 pessoas do condomínio Solar da Lagoa e das vilas "A" e Codornas da empresa AngloGold Ashanti.
Em 5 de junho, a Vale anunciou que o nível de emergência da estrutura havia sido reduzido de 2 para 1. Além disso, o monitoramento do trecho da BR-356 que poderia ser atingido pelos rejeitos será suspenso. A mineradora disse que tomou uma série de medidas para que o risco fosse reduzido.
Segundo a Vale, os moradores voltaram para as vilas A e Codornas – localizadas na Zona de Autossalvamento - no último sábado, dia 6. “A volta foi autorizada pela Defesa Civil Estadual, após ações que geraram aumento do grau de segurança da estrutura, que teve seu nível de alerta do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) reduzido de 2 para 1”, informou por meio de nota.
Em caso de rompimento da barragem, de acordo com os mapas da mineradora, a mancha de rejeitos cairia ao lado da BR-356, na Lagoa das Codornas e seguiria encaixada por esse vale na direção dos condomínios de Nova Lima. Depois entraria perto do Capitão do Mato, Condomínio Miguelão e desembocaria no Rio do Peixe. Por último, chegaria ao Rio das Velhas, responsável por boa parte do abastecimento da capital.