Está internado na Santa Casa de Montes Claros, no Norte de Minas, o morador de rua André José de Santos, de 44 anos, apelidado de "Grilo", que teve queimaduras de segundo e terceiro graus no rosto e na perna esquerda, depois que uma pessoa ateou fogo no corpo dele, no Centro da cidade, na tarde de terça-feira.
A assessoria da Santa Casa informou que o quadro do paciente é estável, com a previsão de que ele será submetido a cirurgia ainda na manhã desta quarta-feira.
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A vítima informou para os policiais que não envolveu em nenhuma confusão e não sabe quem ateou fogo em seu corpo. Os sistemas de vigilância eletrônica de lojas da Rua Grão Mogol também foram averiguados. Porém, o ataque ao morador de rua não foi registrado por uma nenhuma câmera. Com o isso, o autor da agressão não foi identificado.
A Pastoral do Povo de Rua, da Arquidiocese de Montes Claros, divulgou “ nota de repúdio”, lamentando o ataque a André Santos.
“Pessoas como o André, infelizmente, encontram-se em posição de extrema vulnerabilidade, carentes de garantias e direitos mínimos previstos na Constituição Federal de 1988. Barbáries assim violam o princípio máximo do Estado democrático de direito, a dignidade da pessoa humana”, diz a nota, assinada pela por Sônia Gomes de Oliveira, do Setor Social da Arquidiocese de Montes Claros.
A Pastoral do Povo de Rua diz ainda: "estamos buscando informações mais detalhadas até para tomar as providencias necessárias junto aos órgãos competentes. Não é possível imaginar o que levar uma ser considerado "Humano", fazer um ato bárbaro como este com o seu semelhante. É urgente apurar os fatos e ao mesmo tempo efetivar as politicas publicas de moradia, acolhimento e atendimento para esta população".