A volta de doenças que não afligiam mais a sociedade como o sarampo trouxe dúvidas a fóruns de saúde e atendimento de instituições hospitalares. A pergunta mais frequente é se adultos devem se vacinar contra o sarampo. E a resposta é sim, sarampo pode matar. A única forma de prevenção é a vacina oferecida de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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Copa América reforça alerta para o risco do sarampoConfirmação de sarampo em criança de BH reforça alerta para déficit na vacinaçãoCrianças abaixo de um ano deverão ser vacinadas contra o sarampo em todo BrasilCaso suspeito de sarampo em bebê é investigado em cidade mineira Minas tem quatro casos de sarampo e investiga outros 51 notificações Sarampo em estados vizinhos põe Minas Gerais em alertaAs crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e caxumba (tríplice viral): a primeira, com um ano de idade; a segunda dose, entre quatro e seis anos. Os adolescentes, adultos (homens e mulheres) e, principalmente, no contexto atual do risco de importação de casos, os pertencentes ao grupo de risco, também devem tomar a vacina tríplice viral ou dupla viral (contra sarampo e rubéola).
Desde o início de 2019, segundo a SES-MG, foram notificados 137 casos suspeitos de sarampo provenientes de 53 municípios no estado de Minas Gerais. Desses, 69,4% (95/137) foram descartados; 27,7% (38/137) estão sob investigação e 2,9% (4/137) casos foram confirmados, sendo um importado.
Pessoas acometidas pela doença apresentam febre, manchas avermelhadas pelo corpo (exantemas), tosse, coriza, conjuntivite (olhos vermelhos e lacrimejantes), fotofobia (sensibilidade à luz) e pequenas manchas brancas dentro da boca (manchas de Koplik).
O vírus ainda circula em grande quantidade em várias regiões da Europa e da América e por isso pode acabar sendo importado. Por isso a grande preocupação de se vacinar os refugiados venezuelanos que pedem guarida ao Brasil, uma vez que a cobertura e seu país de origem é precária. "Devido as migrações e as viagens internacionais, o vírus foi importado e voltou a circular. Além disso, a baixa imunização da população brasileira, que vem decaindo nos últimos anos, também contribuiu para a volta da circulação do vírus", informa a secretaria de saúde.
No Brasil de 1968 a 1991, o país enfrentou nove epidemias, sendo uma a cada dois anos, em média. A última grande epidemia aconteceu em 1986 com 129.942 casos. Já em 1997, ocorreu uma importante epidemia da doença que se estendeu a quase todos os estados brasileiros, com mais de 53.000 casos confirmados em todo o país.
Em 2018, o Brasil enfrentou a reintrodução do vírus do sarampo, com a ocorrência de surtos em 11 Estados e um total de 10.326 casos confirmados nos estados do Amazonas (9.803), Roraima (361), Pará (79), Rio Grande do Sul (46), Rio de Janeiro (20), Sergipe (4), Pernambuco (4), São Paulo (3), Bahia (3), Rondônia (2) e Distrito Federal (1). Oito Estados (Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Rondônia, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Distrito Federal) encerraram o surto em 2018..