Mais um feminicídio será investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais. A vítima, Irene Aparecida Borges, de 52 anos, foi assassinada com golpes de pedaço de madeira e a facadas na noite de domingo em Lavras, no Sul de Minas. O autor das agressões foi preso em flagrante e, segundo a Polícia Militar (PM), confessou a morte. Familiares relataram que o relacionamento do casal era conturbado, inclusive, com outras agressões por parte do homem. O corpo da mulher será enterrado nesta segunda-feira.
O crime aconteceu por volta de 20h30 de domingo. De acordo com informações do boletim de ocorrência da PM, vizinhos acionaram a corporação depois de ouviram barulhos vindo da casa, localizada no Bairro Novo Horizonte. Quando os militares chegaram, o autor do crime estava na rua alterado.
O corpo de Irene foi encontrado dentro da casa, caído no chão, e com vários ferimentos na região do rosto. Os militares acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e os socorridas constataram a morte dela. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Ele será enterrado ainda nesta segunda-feira.
Confissão
No boletim de ocorrência da PM, consta a versão do homem, que confessou o crime. Os militares alegaram que ele utilizou um tamborete de madeira para assassinar a companheira.
O autor do crime foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Em seguida, foi levado para a delegacia. De acordo com a Polícia Civil, ele foi preso em flagrante por feminicídio. Depois, foi encaminhado para uma unidade do sistema prisional.
De acordo com a Polícia Civil, em depoimento, o homem alegou que agiu em legítima defesa. Segundo relatou aos investigadores, a discussão teria se iniciado por causa do barulho.
Levantamentos da Polícia Civil apontam que o homem estava desempregado e tinha ciúmes da esposa trabalhar.
Brigas constantes
De acordo com a PM, uma filha da mulher alegou que a mãe tinha um relacionamento de 17 anos com o homem. Segunda ela, a vítima sofria agressões constantes do companheiro. Mesmo com o relato, nenhum registro de violência doméstica foi encontrado. A PM ressalta que mulheres vítimas de violência devem acionar o 190 ou 180 para fazer as denúncias, que pode ser feitas de forma anônima. .