Aproximadamente 170 celulares foram apreendidos no último domingo durante a Parada do Orgulho LGBT+ em Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar, 23 pessoas foram presas e dois menores apreendidos.
A maior parte do material apreendido foi com uma quadrilha de colombianos. A polícia abordou três deles na Praça da Estação, onde ocorreu a concentração do movimento. Com eles, estavam 13 celulares furtados. Outros aparelhos com queixa de furto foram rastreados e localizados em um hotel no centro da cidade. No local, foram apreendidos 108 celulares e R$ 2 mil em dinheiro.
De acordo com a PM, a quadrilha estava hospedada no hotel e já havia premeditado os crimes. “Esses colombianos pesquisam onde tem eventos com grande aglomeração de pessoas, viajam, ficam hospedados próximos e revezam os autores. Ontem eles chegaram cedo, e andavam em trios. Dois furtavam, um pegava os pertences e levava para o hotel”, contou o tenente Wesley Martins.
Quadrilha do Rio de Janeiro
Outras quatro pessoas foram presas suspeitas de furtarem 26 celulares. A quadrilha, que seria do Rio de Janeiro, estava hospedada em outro hotel no centro da capital. Segundo o policial, eles agiam igual os colombianos.
Segurança reforçada
“Foram várias estratégias utilizadas para a segurança do evento, como uso de drone e monitoramento da câmera olho vivo”, esclareceu tenente Wesley. Segundo ele, várias vítimas acompanharam as ocorrências e reconheceram os suspeitos.
Como recuperar o celular furtado?
A ocorrência foi encerrada na Central de Flagrantes II, na Região Leste da capital. A polícia informou que as vítimas que tiverem sido furtadas por essas quadrilhas podem comparecer à delegacia, na Rua Conselheiro Rocha, nº 321, Bairro Santa Tereza.
“A vítima deve identificá-lo e comparecer com documentos para comprovar a procedência e propriedade do celular, como a nota fiscal por exemplo”, afirmou o tenente Wesley
O recorde da Parada LGBT
As ocorrências não foram suficientes para estragar a festa que coloriu a cidade neste domingo. Para relembrar o surgimento do movimento LGBT , a comunidade levou em passeata o tema “Não aos retrocessos! Revivendo Stonewall”. O Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG) acredita que cerca de 250 mil pessoas participaram do encontro, superando a expectativa de 200 mil, e batendo o recorde do evento na cidade. Em 2018, 150 mil pessoas foram às ruas. Este ano, a temática retratada teve dois pontos principais: a comemoração dos 50 anos do levante de Stonewall, que marcou o surgimento do movimento social organizado LGBT e a denúncia aos retrocessos nos direitos. Manifestantes fizeram coro de “ele não” em diversos momentos da passeata, em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro. Além do viés político, a parada teve muita festa celebrando o amor e a diversidade. (Com informações de Larissa Ricci)
* Sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz