Foi preso o suspeito de ser um dos líderes da associação criminosa responsável por estelionatos praticados através do “golpe do cartão” em Minas Gerais. O suspeito, de 27 anos, que deve integrar a quadrilha com outras quatro pessoas, se passava por operadoras de cartões de crédito e ludibriava as vítimas por telefone, fazendo-as acreditar que haviam sido clonados. Depois, iam até a casa delas, recolhiam o cartão de crédito, com o qual faziam diversas compras. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira. Polícia conta que a maioria das vítimas são médicos, desembargadores e juízes. Acredita-se que centenas de pessoas caíram no golpe.
As abordagens às vítimas ocorriam por telefone. Os bandidos tinham os dados dos alvos, o que facilitava a aproximação. Com os nomes das pessoas, eles ligavam e se identificavam como da administradora do cartão de crédito. Em seguida, perguntavam se as vítimas tinham feito uma compra de valor alto. Com a negativa, afirmavam que a pessoa teria sido vítima de um golpe. "De alguma maneira – que não será divulgada para não atrapalhar as investigações – os bandidos captam a vitima. Ela é escolhida de acordo com o poder aquisitivo, sobretudo, pessoas com cartões black, gold ou platinum, que tem um grande poder de compra", explicou o delegado da Polícia Civil José Olegário de Oliveira.
As investigações apontam que, após o primeiro contato, a vítima é orientada a desligar e discar o número 0800 que fica atrás do cartão – número verdadeiro do banco. Porém, o que a vítima não sabe é que a ligação está grampeada pelos bandidos por meio de um aplicativo. "Então, a vítima disca o número real, mas a ligação cai na central dos bandidos. Mais uma vez, os criminosos simulam o atendimento do banco. Eles informam que o cartão está sendo bloqueado e a vítima será transferida para o setor de cancelamento", disse o delegado.
Depois de ganhar a confiança das vítimas, os criminosos pedem que a senha seja digitada no telefone e, em seguida, afirmam que a vítima terá uma atenção especial: pediam para a pessoa escrever uma carta de próprio punho dizendo que não reconhecia a suposta compra. A carta tinha que ser colocada em um envelope junto com o cartão de crédito, pedido sob o argumento de que ele seria periciado e bloqueado. Tudo deveria ser entregue a um motoboy, que passaria na residência.
Com os cartões em mãos, os criminosos faziam várias compras nas máquinas de cartões de crédito, utilizando o código de segurança dos cartões. "No mesmo dia o cartão começa a ser utilizado. Eles fazem compras em atacados de R$30 a R$50 mil reais", acrescentou o delegado.
José Olegário acredita que Frederico Dione Pereira Bittencourt, de 27, preso preventivamente em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é um dos "cabeças" da quadrilha. Ele já teria sido preso pelo menos oito vezes pela prática do mesmo crime de estelionato. Investigações apontam que ele é suspeito de aplicar golpes desde 2016. Não foi possível contabilizar o valor total adquirido de forma ilícida.
Foi apreendido: uma impressora, umcomputador, celulares, diversos cartões, material de falsificação de identidade, diversos videogames, entre outros. O último golpe dado deve chegar a R$ 30 mil. Outras quatro pessoas estão sendo investigadas.
Oliveira alerta a população para não cair no "golpe do cartão": "O mais importante é atender a ligação, desligar e ligar de outro telefone para o número do cartão. Assim, os bandidos não conseguem travar a linha telefônica."
As abordagens às vítimas ocorriam por telefone. Os bandidos tinham os dados dos alvos, o que facilitava a aproximação. Com os nomes das pessoas, eles ligavam e se identificavam como da administradora do cartão de crédito. Em seguida, perguntavam se as vítimas tinham feito uma compra de valor alto. Com a negativa, afirmavam que a pessoa teria sido vítima de um golpe. "De alguma maneira – que não será divulgada para não atrapalhar as investigações – os bandidos captam a vitima. Ela é escolhida de acordo com o poder aquisitivo, sobretudo, pessoas com cartões black, gold ou platinum, que tem um grande poder de compra", explicou o delegado da Polícia Civil José Olegário de Oliveira.
As investigações apontam que, após o primeiro contato, a vítima é orientada a desligar e discar o número 0800 que fica atrás do cartão – número verdadeiro do banco. Porém, o que a vítima não sabe é que a ligação está grampeada pelos bandidos por meio de um aplicativo. "Então, a vítima disca o número real, mas a ligação cai na central dos bandidos. Mais uma vez, os criminosos simulam o atendimento do banco. Eles informam que o cartão está sendo bloqueado e a vítima será transferida para o setor de cancelamento", disse o delegado.
Depois de ganhar a confiança das vítimas, os criminosos pedem que a senha seja digitada no telefone e, em seguida, afirmam que a vítima terá uma atenção especial: pediam para a pessoa escrever uma carta de próprio punho dizendo que não reconhecia a suposta compra. A carta tinha que ser colocada em um envelope junto com o cartão de crédito, pedido sob o argumento de que ele seria periciado e bloqueado. Tudo deveria ser entregue a um motoboy, que passaria na residência.
Com os cartões em mãos, os criminosos faziam várias compras nas máquinas de cartões de crédito, utilizando o código de segurança dos cartões. "No mesmo dia o cartão começa a ser utilizado. Eles fazem compras em atacados de R$30 a R$50 mil reais", acrescentou o delegado.
José Olegário acredita que Frederico Dione Pereira Bittencourt, de 27, preso preventivamente em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é um dos "cabeças" da quadrilha. Ele já teria sido preso pelo menos oito vezes pela prática do mesmo crime de estelionato. Investigações apontam que ele é suspeito de aplicar golpes desde 2016. Não foi possível contabilizar o valor total adquirido de forma ilícida.
Foi apreendido: uma impressora, umcomputador, celulares, diversos cartões, material de falsificação de identidade, diversos videogames, entre outros. O último golpe dado deve chegar a R$ 30 mil. Outras quatro pessoas estão sendo investigadas.
Oliveira alerta a população para não cair no "golpe do cartão": "O mais importante é atender a ligação, desligar e ligar de outro telefone para o número do cartão. Assim, os bandidos não conseguem travar a linha telefônica."