Uma grande operação que envolveu o Ministério Público e polícias Civil e Militar de quatro estados recuperou documentos que fazem parte da história de Minas Gerais. Os materiais, que foram furtados do Arquivo Público Mineiro (APM), estavam sendo vendidos pela Internet. Entre os centenas de documentos estavam decretos e editais do período imperial. Mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos nesta quinta-feira em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, Quatis (RJ), Pelotas e Campo Bom (RS). Uma pessoa foi presa.
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Arquivo Público de Belo Horizonte será fechado para reforma Site do Arquivo Público Mineiro é invadido por hackersArquivo Público digitaliza publicações ilustradas editadas em BH entre 1910 e 1970Arquivo Público libera na internet revistas mineiras publicadas entre 1910 e 1980Mulher de 27 anos denuncia estupro depois de sair para comprar cerveja em festa julinaDocumentos históricos furtados voltam ao Arquivo Público Mineiro nesta sexta-feiraAs investigações tiveram início em 2016. De acordo com a promotora de Justiça Giselle Ribeiro de Oliveira, que está à frente da Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico (CPPC), os documentos furtados do arquivo mineiro estavam sendo vendidos por meio da Internet para pessoas de vários estados. “Nas residências de alguns desses compradores foram cumpridos mandados de busca e apreensão nesta manhã. O principal alvo foi localizado no Rio Grande do Sul. Ele foi preso temporariamente e será ouvido”, explicou.
A promotora ressalta que a história é que mais perde com os furtos desses documentos.
A operação
A operação foi deflagrada nesta quinta-feira. Desde o início da manhã, integrantes dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Minas Gerais, Distrito Federal e Territórios, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, estão cumprindo um mandado de prisão temporária e nove de busca e apreensão.
Já foram recuperados centenas de documentos. Porém, o número exato os valores dos documentos vendidos pela internet não foram informados, pois as investigações ainda estão em andamento. O material apreendido durante a operação será periciado.