A Polícia Civil cumpriu oito mandados de busca e apreensão na operação “Muro Limpo”, desencadeada nesta quinta-feira para combater a pichação em Belo Horizonte e outros três municípios da região metropolitana.
Segundo a corporação, além da capital, havia alvos em Contagem, Esmeraldas e Ribeirão das Neves. “O objetivo é coibir crimes de pichação e crimes de dano ao patrimônio público e privado praticados por associações criminosas”, informou a polícia.
De acordo com o delegado Eduardo Vieira Figueiredo, a operação surgiu para apurar uma grande pichação no muro da diretoria de transportes da instituição. “A partir dali a Polícia Civil começou a fazer o mapeamento das associações criminosas que estavam não só ligadas àquela pichação, mas com várias outras pichações em Belo Horizonte”, afirmou.
Os mandados cumpridos devem colaborar nas investigações, que já duram seis meses. “Continuamos na busca completa por essas associações criminosas voltadas para a pichação e dano ao patrimônio público. É uma investigação complexa porque exige a análise de vínculo para fazer a responsabilidade devida no caso”, disse o delegado.
As investigações apontam que os criminosos se diferenciam em termos de classe econômica. “Hoje nós cumprimos um mandado na Savassi, em uma cobertura de alto luxo e outro na região do Cafezal, ou seja, mais de periferia”, disse Figueiredo.
A pichação de edificações ou monumentos urbanos é considerada crime conforme o artigo 65 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, a chamada Lei de Crimes Ambientais. Em caso de prisão, a pena varia de três meses a um ano de detenção e multa.