"Do que vale tudo isso se não está aqui?". Sob os versos da música, balões brancos e vermelhos soltos no céu marcaram a homenagem de familiares, amigos e moradores de Brumadinho às vítimas do rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão. Seis meses depois da tragédia, resta um luto ainda em curso e uma dor que não tem hora para acabar.
Coral, culto ecumênico e barquinhos soltos no Paraopeba foram algumas das ações neste 25 de julho. As homenagens ocorrem no marco de Brumadinho, na ponte sobre o rio. Centenas de pessoas compartilham abraços e solidariedade, para nao deixar no esquecimento as 248 vítimas localizadas e 22 pessoas ainda não encontradas. Jogadores e torcedores dos times de futebol local mortos na tragédia também foram lembrados.
Às 12h40, pouco depois do horário do rompimento, houve 1 minuto de silêncio seguido da soltura de balões. A cada nome de vítima falado no microfone, as pessoas respondiam "presente".
A supervisora de estoque Letícia Ferreira, de 21 anos, e dois irmãos perderam a mãe, a funcionária da Vale Amarina de Lourdes, de 52. "É muita angústia, desespero e dor. Um sentimento inexplicável."
Visita do governador
"Minas Gerais é um estado minerador. Essa atividade continuará existindo e será seguro e ambientalmente responsável. Serei o último governador do estado que enfrenta esse tipo de tragédia", afirmou Zema.