Jornal Estado de Minas

Dupla presa em Minas em avião com drogas é condenada por tráfico internacional


Foram condenados a mais de 33 anos de prisão por tráfico internacional de drogas, o piloto e o passageiro de um avião interceptado em uma fazenda de Campo Florido, na Região do Triângulo Mineiro. A aeronave, que saiu da Bolívia, estava carregada com aproximadamente 250 quilos de pasta base de cocaína.  Nilton Garcia, que pilotava o avião, e o ocupante Maxwell de Carvalho, já teriam realizado outros transportes de entorpecentes.



A prisão dos dois homens aconteceu em 31 de março deste ano. Na tarde daquele dia, a aeronave  modelo EMB810C, Seneca II, desceu na piseta de pouso de uma fazenda. Os seguranças da propriedade flagraram o avião e foram averiguar a situação. Segundo depoimentos deles à polícia, Nilton e Maxwell alegaram que tiveram que fazer o pouso no local por falta de combustível. Eles ainda perguntaram a localização exata da fazenda.

Porém, durante a conversa, começaram a entrar em contradição. Uma das histórias contadas por eles é que teriam tido problemas com o GPS do avião, mas não souberam informar o destino final da rota. Diante disso, a PM foi acionada.

Os militares chegaram ao local e fizeram uma inspeção na aeronave, onde encontraram 247,3 quilos de pasta-base de cocaína. No mercado, segundo apontou o juiz, o entorpecente valeria R$ 12 milhões. Maxwell e Nilton foram presos em flagrante.



Durante as investigações, peritos federais analisaram as coordenadas geográficas do plano de voo e concluíram que a decolagem se deu a partir da Bolívia, na província de Angel Sandoval, departamento de Santa Cruz. Os dois homens afirmaram que a encomenda foi feita por uma terceira pessoa que indicou uma fazenda para o pouso, porém eles não conseguiram achar a propriedade correta.

Condenação


Em depoimento na fase de investigação, Nilton confessou que já fez outros transportes de tóxicos para o Brasil, porém mudou a versão durante o julgamento. Na ocasião, relatou que achava que estava transportando insumos agrícolas. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), versão desmentida durante o processo. Um dos argumentos, é o forte odor de cocaína e o alto valor do frete.

No celular de Maxwell foram encontradas diversas mensagens que revelaram que ele é "habitual vendedor de drogas". Os textos mostravam diálogos com o possível destinatário da carga no momento em que os réus não estavam conseguindo encontrar a fazenda onde deveriam pousar.

Maxwell foi condenado a 15 anos, 11 meses e 20 dias de prisão, e Nilton Garcia, a 18 anos e 20 dias, de prisão, ambas em regime fechado.

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