Biguás e garças voando baixo sob o céu azul de inverno dão ao aeroporto da Pampulha um ar bucólico, sobretudo pelo pequeno movimento. Voos particulares e fretados decolam e pousam dentro dos horários de suas cartas aeronáuticas, descrevendo uma rotina afinada com o relógio. Tudo parece lento e programado, menos no hangar 50, da Polícia Militar de Minas Gerais. Às 12h53 de uma terça-feira, um chamado de policiais perseguindo um grupo de assaltantes em fuga chega pelo rádio e quebra a rotina do aeródromo. Em menos de um minuto os rotores da aeronave Pégasus 09 já estão acionados. Dois pilotos e dois tripulantes operacionais, militares devidamente armados com pistolas e fuzis que estavam de prontidão, embarcam para cercar os infratores. Os fugitivos saíram da Avenida Presidente Antônio Carlos, no Bairro São Francisco (Pampulha), para o Anel Rodoviário. Em dois minutos, os tripulantes decolam e mergulham pelo céu a cerca de 200 quilômetros por hora e em linha reta, para interceptar os suspeitos, já tendo traçado em mapa que os fugitivos ingressariam na rodovia MG-10, uma das mais movimentadas e sensíveis do trânsito de Belo Horizonte. Para o Pégasus, um percurso de apenas dois minutos. Cerco concluído, suspeitos detidos.
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A operação Asas de Brumadinho constituiu a mais complexa operação de resgate aéreo do Brasil e uma das mais intensas do mundo, com até 18 aeronaves decolando e se deslocando pela área do acidente para lançar socorristas e recolher os corpos das vítimas. Com 7 anos de Comave e 17 de Polícia Militar, o sargento Luiz Eduardo Silva conta que Brumadinho foi um marco na sua carreira. “Comoção é a palavra que define as minhas emoções num primeiro momento por ter de compartilhar aquele sofrimento com as vítimas. Depois dos esforços, a gente se sente gratificada por ter levado algum alento a essas famílias. Uma das coisas que mais me impressionaram foi o empenho dos bombeiros, que ficavam o dia todo na área de resgate e voltavam exaustos e completamente cobertos pela lama”, destaca.
A operação Asas de Brumadinho constituiu a mais complexa operação de resgate aéreo do Brasil e uma das mais intensas do mundo, com até 18 aeronaves decolando e se deslocando pela área do acidente para lançar socorristas e recolher os corpos das vítimas. Com 7 anos de Comave e 17 de Polícia Militar, o sargento Luiz Eduardo Silva conta que Brumadinho foi um marco na sua carreira.
Barreira contra quadrilha
Outra operação que ganhou destaque foi o transporte de tropas para Uberaba, no Triângulo, quando uma quadrilha de assaltantes fortemente armados atacou três bancos, feriu duas pessoas e matou uma, em 28 de junho. A ação ocorreu por volta das 3h30. Assim que acionados, helicópteros de Poços de Caldas e de Uberlândia já iniciaram os trabalhos de transporte de tropas e de vasculhar a área atrás dos suspeitos. De Belo Horizonte saíram dois aviões bimotores e um a jato cedido pelo governo do estado, transportando 18 militares, entre negociadores, esquadrão antibombas e outros integrantes do Grupo de Ação Tática Especial (Gate). “As aeronaves de Uberaba e de Poços de Caldas conseguiram chegar ao local do roubo em cerca de 20 minutos após o acionamento. Tudo é muito rápido e temos condições de embarcar e decolar com cerca de 2 a 3 minutos em média”, destaca o chefe da seção de comunicação do Comave, capitão Thiago Vitório de Oliveira, que é copiloto.