A epidemia de dengue que atingiu Minas Gerais neste ano continua perdendo força. Em novo boletim divulgado nesta segunda-feira (29), a Secretaria de Saúde informou que o estado contabiliza 460.721 casos prováveis (soma dos suspeitos aos confirmados) em 2019.
Na comparação ao último levantamento, divulgado na segunda-feira passada (22), houve aumento de 6.971. Uma variação de apenas 1,5%, o que sinaliza tendência de estagnação.
Os dados acompanham a série histórica dos diagnósticos de dengue, que tendem a diminuir a frequência a partir dos meses de estiagem.
Mortes
Assim como no balanço anterior, o número de mortes continua em 117. Os óbitos estão espalhados por 38 cidades. São 18 em Betim (Grande BH), 17 em Belo Horizonte e 16 em Uberlândia (Triângulo Mineiro).
Quanto às mortes investigadas, no entanto, houve aumento: de 126 na semana anterior para 130 nesta. O sorotipo dengue tipo 2 (Denv-2) predominou no estado durante toda a epidemia.
Em 2019, 2.323 amostras foram processadas para monitoramento viral da dengue, com identificação desse sorotipo em 627 amostras de 120 municípios. O subtipo 1 foi detectado em 25 amostras de
nove municípios e 3 em apenas duas amostras de dois municípios.
Segunda pior epidemia
Mesmo com a doença apresentando desaceleração nos últimos meses, os números de 2019 colocam o ano como um dos piores da década. Os 460.721 casos prováveis creditam o período como o segundo pior dos últimos 10 anos. Atrás apenas de 2016, quando se registrou 517.830 diagnósticos.
Outras doenças
O boletim da SES/MG também traz dados da ocorrência de outras enfermidades no estado. Quanto à febre chikungunya, a Saúde registrou 2.665 casos prováveis e uma morte – um paciente de Patos de Minas, no Alto Paranaíba.
Minas também registrou 958 casos suspeitos e confirmados de zika, dos quais 292 em gestantes.