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Estado de Minas

Em convênio inédito no Brasil, PM terá acesso a 4 mil câmeras de bancos em Minas

Corporação anunciou cooperação com bancos para ter condições de acessar câmeras externas de agências no estado. Ação pode ajudar em crimes como explosões de caixas eletrônicos e saidinhas de banco


postado em 31/07/2019 12:17 / atualizado em 31/07/2019 12:32

Vasto armamento apreendido com ladrões de banco em Uberaba, em 27 de junho: convênio assinado hoje vai ajudar no combate aos crimes de explosões de agências bancárias, como o que assustou a população da cidade do Triângulo Mineiro(foto: Polícia Militar/Divulgação)
Vasto armamento apreendido com ladrões de banco em Uberaba, em 27 de junho: convênio assinado hoje vai ajudar no combate aos crimes de explosões de agências bancárias, como o que assustou a população da cidade do Triângulo Mineiro (foto: Polícia Militar/Divulgação)
Em cerca de 30 dias a Polícia Militar de Minas Gerais terá acesso imediato às imagens geradas por 4 mil câmeras posicionadas do lado de fora das 1.960 agências bancárias de Minas Gerais. Essa possibilidade foi confirmada a partir da assinatura de um convênio da PM com a Associação dos Bancos de Minas Gerais, braço no estado da Federação Nacional dos Bancos (Febraban).

De acordo com o comandante-geral da PM mineira, coronel Giovanne Gomes da Silva, o acesso não será no mesmo formato que acontece com o monitoramento das câmeras do Olho Vivo, por exemplo.

O comandante explicou que colocar as imagens para monitoramento simultâneo seria inviável do ponto de vista da quantidade de pessoas para acompanhar as câmeras. Segundo o coronel, a Diretoria de Inteligência da PM terá condições de solicitar das empresas que fazem o monitoramento das câmeras dos bancos as imagens em tempo real quando necessário.

"Antes nós tínhamos muita dificuldade para ter esse acesso. Muitas das vezes a gente tinha o acesso somente mediante uma autorização judicial e agora com a assinatura do termo de cooperação vai facilitar a gente obter as imagens", diz o coronel.

Convênio teve assinatura do comandante-geral da PM em Minas e de representantes dos bancos(foto: Polícia Militar/Divulgação)
Convênio teve assinatura do comandante-geral da PM em Minas e de representantes dos bancos (foto: Polícia Militar/Divulgação)


Como exemplo, o militar citou a necessidade de monitoramento em cima de denúncia de possível explosão de caixa eletrônico. "Se nós temos a suspeição através de uma denúncia anônima ou através de alguma outra informação que pode acontecer a explosão de caixa eletrônico em determinada cidade, nós vamos monitorar em tempo real aquela agência", acrescenta.

De janeiro a junho deste ano, dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que ocorreram 25 ataques a instituições financeiras com uso de explosivos detonados ou não em Minas. O número é 50% menor do que os 50 casos do mesmo período de 2018. O ano passado inteiro fechou com 95 casos.

O coronel também explicou que caso aconteça um crime do tipo durante a madrugada, imediatamente a PM terá condição de recuperar aquela imagem a partir do contato com os bancos, mesmo fora do horário mais comum de expediente. Esse serviço funcionará 24 horas por dia, sete dias por semana, segundo o comandante-geral, a partir de uma sala de situação que já existe na Diretoria de Inteligência.

O acesso das imagens só será possível a partir de um investimento de cerca de R$ 4 milhões, que será arcado pelos bancos, conforme o comandante-geral. Representante da Associação dos Bancos de Minas Gerais, Edmar Pieri Campos, disse que as empresas que fazem o monitoramento das imagens das câmeras para os bancos terão totais condições de fornecer o que a PM precisar em tempo real, mesmo para casos ocorridos de madrugada como é o perfil das explosões de caixas eletrônicos.

"Essas câmeras vão ter aplicação muito grande para modus operandi de quadrilhas, identificação de criminosos, então até mesmo para a inteligência essa ferramenta será de grande utilidade", diz Campos. O representante dos bancos também informou que o mesmo convênio foi apresentado à Polícia Civil, à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e também à Polícia Federal. As conversas estão em andamento.

Sobre o acesso às imagens das câmeras internas das agências, Edmar Campos disse que existe uma questão legal a ser avaliada sobre essa possibilidade e por isso ainda não será possível estender o acesso às imagens geradas dentro das agências.


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