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Estado de Minas

Alerta da Interpol faz polícia apurar ameaça de chacina a escola em MG

Dois computadores foram apreendidos na casa de um adolescente no município de Nova Era, Região Central do estado


postado em 04/08/2019 09:02 / atualizado em 05/08/2019 13:11

As buscas foram feitas na casa onde mora um adolescente em Nova Era(foto: Reprodução da Internet / Wikipedia)
As buscas foram feitas na casa onde mora um adolescente em Nova Era (foto: Reprodução da Internet / Wikipedia)

Uma possível ameaça de chacina que estaria sendo planejada em Nova Era, na Região Central de Minas, levou a Polícia Civil a instaurar inquérito e investigar um menor de 17 anos, morador da cidade. A apuração do caso começou por causa de um alerta da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), que entrou em contato com a corporação mineira na quarta-feira, dia 31 de julho.

De acordo com a Polícia Civil mineira, a mensagem internacional dizia que o menino faria parte de uma rede de Web suspeita, mas ainda não é possível dizer se ela se tratava de um site terrorista. A assessoria não divulgou o teor do documento, mas informou que o suspeito citava os massacres em Suzano e Columbine.

Apreensão e perícia


Segundo a instituição, ainda não é possível dizer se o adolescente realmente planejava uma chacina. Para saber o que de fato ocorreu, dois computadores recolhidos pela polícia na casa do jovem na última quinta-feira (1), por meio de um mandado de busca e apreensão, passarão por uma perícia em Belo Horizonte.

Ao fazer as buscas, a Polícia Civil não encontrou nenhuma arma. O adolescente permanece com os pais, que devem ser ouvidos pela Promotoria de Justiça na próxima semana.

Nos dois casos que teriam sido citados pelo rapaz, segundo o alerta da Interpol, jovens abriram fogo contra escolas e deixaram vários estudantes mortos.

A escola Novaerense emitiu uma nota em seu site oficial em que informa que no dia 1º de agosto recebeu um comunicado do setor de inteligência da Polícia Civil de Minas gerais alertando para planos de um ex-aluno para um atentado criminoso contra a instituição.

"As autoridades engajadas no caso (Polícia Federal, Civil e Militar) estão completamente envolvidas para oferecer total segurança à Escola Novaerense e aos seus alunos. A escola está atenta e tomando todas as medidas necessárias para preservar a integridade e a segurança dos alunos, equipe pedagógica e colaboradores. O planejamento inclui o aumento do aparato de segurança nas duas unidades da escola e reforço na portaria, dificultando o acesso ao interior dos prédios", informa a nota da instituição de ensino.

No documento, o colégio informa ainda que está recebendo orientações para identificar e relatar atitudes suspeitas para as autoridades de segurança públicas. Os alunos que utilizam os ônibus de São Domingos do Prata continuarão a ser acompanhados no trajeto para a escola.

"Até a data de hoje a instituição não teve acesso ao inquérito ou depoimentos sobre o fato. As informações citadas aqui (nota) foram baseadas em declarações dos policiais envolvidos na operação. Por fim, a Escola Novaerense repudia todo e qualquer ato de violência física, psicológica e emocional contra quem quer que seja".

Em Suzano, na Grande São Paulo, os alvos foram alunos da escola Professor Raul Brasil, em 13 de março deste ano. O ataque foi promovido por dois ex-alunos que, antes de tirar a própria vida, mataram cinco estudantes, a coordenadora pedagógica e a inspetora da instituição, além do tio de um dos autores do crime.

A estratégia usada foi a mesma e teve várias semelhanças com o atentado cometido na Columbine High Scool no Colorado, Estados Unidos, em 1999. Este massacre deixou 13 mortos e 24 feridos.


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