O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) tem 51 leitos fechados no momento, ou seja, sem utilidade alguma para a população e estudantes da instituição. A limitação, segundo a administração, se deve a falta de recursos humanos pela aposentadoria e exonerações de funcionários ocorridas nos últimos meses.
No total, o hospital tem 504 leitos. Com isso, 453 continuam servindo aos alunos e pacientes. Os fechados, de acordo com o HC-UFMG, devem voltar ao expediente em 6 de setembro, quando183 aprovados em concurso público, realizado no fim do mês passado, poderão integrar o quadro de funcionários.
Desses, 65 já comunicaram que vão assumir as respectivas funções no equipamento de saúde. A chamada conta com médicos, técnicos de enfermagem e enfermeiros.
Os leitos fechados, ainda segundo o Hospital das Clínicas, estão nas unidades de cirurgia, clínica médica e terapia intensiva. A informação foi, inicialmente, publicada pelo jornal Hoje em Dia e confirmada pela reportagem.
No início do mês passado, o Estado de Minas noticiou o fechamento de 30 leitos da estrutura de saúde referência em Minas Gerais e no Brasil. Portanto, outros 21 foram bloqueados desde então.
Ebserh
O Hospital das Clínicas é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Em nota, a Ebserh informou que “tem realizado, desde o início do ano, contratações e reposições para os hospitais universitários federais que administra”.
Segundo números da Ebserh, mais de 4,7 mil profissionais foram convocados para 39 hospitais da rede, via concurso público, desde o início do ano. A estatal também ressaltou que a atual gestão “tem atualizado os diagnósticos de dimensionamento de pessoal de todas as unidades para avaliar as principais necessidades e realizar concursos visando preencher as vagas restantes”.
Contudo, a Ebserh resasltou que respeitará “o limite do quadro de pessoal aprovado pelo Ministério da Economia e as leis vigentes de contratação”.
Hospital das Clínicas
Já o Hospital das Clínicas da UFMG disse que avalia o dano causado pelo fechamento dos leitos “no atendimento e no ensino, ressaltando que está tomando todas as providências possíveis para minimizar os seus impactos”. Também esclareceu que está em diálogo com a direção da Ebserh para encontrar soluções para a questão.