Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Barragens na manhã desta terça-feira (6), o secretário estadual de Infraestrutura e Mobilidade, Marco Aurélio Barcelos, disse que a Região Metropolitana de BH pode ter o abastecimento de água em breve. Segundo o titular da pasta, a limitação começaria a partir de junho do ano que vem.
A razão é os prejuízos trazidos pela tragédia de Brumadinho, ocorrida em 25 de janeiro desse ano, ao sistema de captação de água do Rio Paraopeba. Segundo Marco Aurélio Barcelos, o prazo para entrega das obras pode colocar a Grande BH em risco, caso o período de chuvas seja semelhante aos de 2014 e 2015.
Em nota, a Vale disse que, desde o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, tem mantido “reuniões periódicas com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e autoridades competentes visando buscar alternativas tecnicamente viáveis para o caso de um cenário, ainda que remoto, de crise hídrica”.
A empresa também informou que o “abastecimento nas cidades afetadas tem sido realizado normalmente por meio de captação nas represas Serra Azul, Rio Manso e Várzea das Flores e Rio das Velhas”.
A Copasa e Vale firmaram um termo de compromisso, com a interveniência do Ministério Público, no qual a empresa se compromete a criar um novo sistema de captação de água no Rio Paraopeba. A nova estação ficará 12 quilômetros a montante da área da barragem que se rompeu.
As obras devem ser entregues até setembro de 2020.