A Justiça mineira, por meio do magistrado Marco Aurélio Ferrara Marcolino, da 4ª Vara de Família de Belo Horizonte, concedeu pedidos medidas protetivas a um homossexual que era agredido por seu companheiro. O caso aconteceu no início deste ano e foi divulgado pelo Tribunal de Justiça nesta quarta-feira (7), quando a Lei Maria da Penha completa 13 anos de sanção.
Leia Mais
Lei Maria da Penha: após 13 anos, mais nomes de vítimas viram ícones de lutaGoverno de Minas aponta redução na criminalidade, mas feminicídios têm altaParceria entre PM, Polícia Civil e TJMG aumenta proteção à mulher em MinasInsulto homofóbico rende indenização de R$ 10 mil a professor em BHJustiça proíbe exclusão de militar em concurso por problemas de peleViolência contra as mulheres atropela reforço nas leis
O juiz proibiu o agressor de se aproximar do companheiro, entrar em contato com ele por qualquer meio de comunicação ou comparecer ao seu local de trabalho. Em caso de descumprimento, o réu terá que pagar uma multa de R$ 1,5 mil por ato.
Segundo o juiz Marcelo Gonçalves, do 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, casos como esse representam nem 1% dos cerca de 400 processos distribuídos por mês por violência doméstica na unidade. A maioria esmagadora, evidentemente, é de mulheres agredidas.
Em 2018, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais concedeu 27.681 medidas protetivas e realizou 19 júris de casos de feminicídio.
Números divulgados pela Polícia Civil nesta quarta ilustram o problema. Em Minas Gerais, foram 67 feminicídios de janeiro a junho de 2019 e 74.361 casos de violência doméstica e familiar contra a mulher no mesmo período.
Ou seja, 341 mulheres foram alvo de alguma agressão por dia no estado no primeiro semestre. Cerca de 14 a cada hora.