Jornal Estado de Minas

Homem que matou e cimentou corpo de mulher em BH é condenado a 20 anos

 

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) condenou Michael Cristian Pereira de Souza e Silva a 20 anos e cinco meses de prisão nesta quinta-feira (8). O homem participou do crime que tirou a vida Simone Aparecida de Jesus, morta a facadas e cimentada de cabeça para baixo em sua própria casa, no Bairro Araguaia (Barreiro), em Belo Horizonte. O caso aconteceu em 30 de outubro de 2017.


Na ocasião, Michael não cometeu o crime sozinho. A irmã dele, Kellen Pereira de Souza e Silva, e Jeferson Eustáquio de Souza Silva também participaram do homicídio triplamente qualificado.


Jeferson também já foi condenado: pegou 22 anos e 7 meses de reclusão em sentença proferida em janeiro deste ano. Já Kellen teve o processo desmembrado e seu julgamento será em 27 de setembro, às 8h30.


Segundo a investigação da Polícia Civil, Simone tinha crises de epilepsia frequentes e tomava medicação por isso. Em uma delas, os irmãos Michael e Kellen a ajudaram e levaram a mulher para o hospital.


Quando Simone voltou para casa pediu para que Michael e Kellen morassem com ela para socorrê-la em caso de novas crises. Foi aí que a dupla, com a colaboração de Jeferson, arquitetou todo o plano: a ideia era matar a doente neurológica, falsificar documentos e tomar posse do terreno dela no Barreiro.


Além de Simone, a dupla cuidava do filho dela, uma criança 11 anos à época.

Como eles conheciam a rotina da vítima, aproveitaram para aumentar a dosagem do remédio dela.


Como Simone estava paralisada pelos efeitos da medicação, os três amarraram suas mãos e pernas e a amordaçaram, o que dificultou a defesa da vítima. A partir daí, a mulher recebeu diversas facadas.


Depois de matar, o trio jogou o corpo de Simone em um buraco e o cobriu com cimento.


Culpabilidade elevada


Ao aplicar a pena, o juiz analisou, entre outras questões, a culpabilidade, os motivos, as circunstâncias e consequências do crime. A culpabilidade é elevada, considerando a inegável “relação de confiança entre a vítima e o acusado, o que aumenta a reprovabilidade da conduta”, declarou.


“As consequências foram graves, notadamente porque a vítima deixara um filho menor de idade, agora infelizmente privado do convívio materno”, ressaltou o juiz.


Michael Cristian Pereira de Souza e Silva vai cumprir a pena em regime fechado e continuará preso durante a fase processual.

 

Com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG)


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