Um advogado no exercício de sua profissão teria sido preso e agredido por policiais civis na Delegacia de Trânsito de Sete Lagoas, na Região Central do estado. O caso ocorreu na última quarta-feira e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou uma nota de repúdio. Já a Polícia Civil de Minas Gerais instaurou um inquérito para investigar situação. PC apurar os crimes de desacato, desobediência e resistência à prisão por parte do advogado.
De imediato, o representante da OAB interveio já que ele estava no exercício de sua função profissional. "Prontamente, ele foi liberado da cela", explicou Matheus Figueiredo.
A OAB emitiu uma nota de repúdio ao ocorrido: "A 46ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil - Sete Lagoas vem a público manifestar o devido esclarecimento, bem como repúdio pelos fatos acontecidos (...) em face do advogado G.T."
Registra-se que a Lei Federal Nº 8.906/94, em seu artigo 7º, prevê que "o advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo do exercício da profissão, por crime inafiançável."
O EM tentou contato com o advogado que foi preso, mas não teve retorno até a publicação desta matéria.
O OUTRO LADO
A Polícia Civil de Minas Gerais informou por meio de nota que instaurou inquérito para apurar os crimes de desacato, desobediência e resistência à prisão por parte do advogado. Reiterou que as investigações seguem em andamento.
Na versão da polícia, na ocasião, o advogado "teria ficado agressivo e danificado alguns móveis da sala da Delegacia, por isso foi necessário ser contido pelos investigadores."
Também foi instaurado inquérito para verificar a ação dos policiais civis no atendimento ao advogado na Delegacia de Trânsito de Sete Lagoas. O procedimento é acompanhado pela Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais e o Ministério Público será comunicado sobre os procedimentos.