A Operação Caixa-Forte desencadeada em Minas Gerais nesta sexta-feira pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) conseguiu alcançar dois alvos importantes dentro da hierarquia do Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa originária dos presídios de São Paulo. Além disso, os investigadores descobriram uma movimentação semanal milionária com o tráfico de cocaína. Um dos investigados tem atuação de destaque a nível nacional e outro em Minas.
Um desses alvos da Ficco, que é coordenada pela Polícia Federal e também conta com Polívia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar, Polícia Civil e Sistema Prisional, é considerado pela PF o principal contador da facção em todo o Brasil. Foi a partir dele, que está preso na Penitenciária Estadual de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), que os investigadores levantaram informações financeiras sobre o tráfico de cocaína gerenciado pela facção em todo o país.
De acordo com o delegado Alexsander Oliveira, que coordena a Ficco, só com a venda da cocaína a facção arrecada R$ 5 milhões por semana em todo o país, dinheiro que tem como destinação final os membros da chamada "Sintonia Final" grupo que comanda a organização. O homem que teve o mandado de prisão cumprido nesta sexta-feira fazia a contabilidade de dentro da penitenciária do Paraná, a partir de contato 24 horas por dia com telefone celular. Ele recebia a todo momento informações oriundas dos responsáveis pelo tráfico nos estados, e fazia as contas diretamente da cadeia.
"Ele fornecia as contas bancárias onde os valores do tráfico deveriam ser depositados e fazia a conferência desses depósitos por meio de fotos dos depósitos feitos pelos faccionados que eram recebidos por ele. Ele fazia tabelas em papel, que depois eram repassadas por apoiadores desse contador, que faziam a digitalização dessas tabelas para o controle efetivo", explica o delegado.
O modus operandi dos bandidos tentava ocultar a movimentação a partir do que a tipologia da lavagem de dinheiro classifica como depósitos fracionados. Pequenos valores que eram depositados em determinadas contas chegavam a somas que não podiam alcançar R$ 10 mil, justamente para não acionar autoridades que acompanham os rastros de crimes financeiros, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Desde novembro de 2018, quando as investigações que culminaram com a Operação Caixa-Forte começaram, só em 45 contas que foram bloqueadas pela Justiça a pedido da polícia mais de R$ 7 milhões foram movimentados. "Mas isso é um universo muito pequeno. Foi o que a gente pode identificar nessa operação, só o tráfico de cocaína da facção movimenta, semanalmente, mais de R$ 5 milhões", acrescenta o delegado. A partir da investigação do contador preso no Paraná, a Polícia Federal conseguiu indícios dessa arrecadação apenas com o tráfico da cocaína.
Mas a operação também focou em um membro importante da facção dentro de Minas Gerais. Ele também estava preso, só que em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e tudo começou a partir da apreensão de um celular dele, quando as investigações foram iniciadas, em novembro do ano passado. Esse homem é apontado pela PF como o responsável da organização pelo tráfico de drogas em Minas, ocupando o cargo máximo da chamada "Geral do Progresso" no estado, que é outro nível hierárquico.
Ao todo, 52 mandados de prisão foram autorizados e 40 deles cumpridos, sendo que seis pessoas já estavam presas. Além de Minas e Paraná, a operaçaõ também teve alvos em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Foram 48 mandados de busca e apreensão, todos cumpridos, e 45 mandados de sequestro ou bloqueio de bens, que também foram 100% cumpridos.
Segundo o delegado Alexsander Oliveira, em Minas eram sete alvos, nas cidades de Uberaba e Conceição das Alagoas, todas no Triângulo.
Em menos de uma semana, é a segunda vez que a Polícia Federal deflagra uma operação no presídio de Piraquara, no Paraná. Na última terça-feira, uma operação da PF do Paraná também focou o núcleo financeiro da facção criminosa, mas o alvo foram os recursos da contribuição mensal de filiados da organização, além de outros valores arrecadados como contribuição dos cerca de 24 mil membros no Brasil, dos quais cerca de 10% em Minas.
Um desses alvos da Ficco, que é coordenada pela Polícia Federal e também conta com Polívia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar, Polícia Civil e Sistema Prisional, é considerado pela PF o principal contador da facção em todo o Brasil. Foi a partir dele, que está preso na Penitenciária Estadual de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), que os investigadores levantaram informações financeiras sobre o tráfico de cocaína gerenciado pela facção em todo o país.
De acordo com o delegado Alexsander Oliveira, que coordena a Ficco, só com a venda da cocaína a facção arrecada R$ 5 milhões por semana em todo o país, dinheiro que tem como destinação final os membros da chamada "Sintonia Final" grupo que comanda a organização. O homem que teve o mandado de prisão cumprido nesta sexta-feira fazia a contabilidade de dentro da penitenciária do Paraná, a partir de contato 24 horas por dia com telefone celular. Ele recebia a todo momento informações oriundas dos responsáveis pelo tráfico nos estados, e fazia as contas diretamente da cadeia.
"Ele fornecia as contas bancárias onde os valores do tráfico deveriam ser depositados e fazia a conferência desses depósitos por meio de fotos dos depósitos feitos pelos faccionados que eram recebidos por ele. Ele fazia tabelas em papel, que depois eram repassadas por apoiadores desse contador, que faziam a digitalização dessas tabelas para o controle efetivo", explica o delegado.
O modus operandi dos bandidos tentava ocultar a movimentação a partir do que a tipologia da lavagem de dinheiro classifica como depósitos fracionados. Pequenos valores que eram depositados em determinadas contas chegavam a somas que não podiam alcançar R$ 10 mil, justamente para não acionar autoridades que acompanham os rastros de crimes financeiros, como o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Desde novembro de 2018, quando as investigações que culminaram com a Operação Caixa-Forte começaram, só em 45 contas que foram bloqueadas pela Justiça a pedido da polícia mais de R$ 7 milhões foram movimentados. "Mas isso é um universo muito pequeno. Foi o que a gente pode identificar nessa operação, só o tráfico de cocaína da facção movimenta, semanalmente, mais de R$ 5 milhões", acrescenta o delegado. A partir da investigação do contador preso no Paraná, a Polícia Federal conseguiu indícios dessa arrecadação apenas com o tráfico da cocaína.
Mas a operação também focou em um membro importante da facção dentro de Minas Gerais. Ele também estava preso, só que em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e tudo começou a partir da apreensão de um celular dele, quando as investigações foram iniciadas, em novembro do ano passado. Esse homem é apontado pela PF como o responsável da organização pelo tráfico de drogas em Minas, ocupando o cargo máximo da chamada "Geral do Progresso" no estado, que é outro nível hierárquico.
Ao todo, 52 mandados de prisão foram autorizados e 40 deles cumpridos, sendo que seis pessoas já estavam presas. Além de Minas e Paraná, a operaçaõ também teve alvos em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Foram 48 mandados de busca e apreensão, todos cumpridos, e 45 mandados de sequestro ou bloqueio de bens, que também foram 100% cumpridos.
Segundo o delegado Alexsander Oliveira, em Minas eram sete alvos, nas cidades de Uberaba e Conceição das Alagoas, todas no Triângulo.
Em menos de uma semana, é a segunda vez que a Polícia Federal deflagra uma operação no presídio de Piraquara, no Paraná. Na última terça-feira, uma operação da PF do Paraná também focou o núcleo financeiro da facção criminosa, mas o alvo foram os recursos da contribuição mensal de filiados da organização, além de outros valores arrecadados como contribuição dos cerca de 24 mil membros no Brasil, dos quais cerca de 10% em Minas.