A baixa cobertura vacinal contra o sarampo coloca em risco a população e, ainda mais, as crianças abaixo de um ano, que ainda não foram vacinadas contra a doença. Um bebê de nove meses, morador de Viçosa, na Região da Zona da Mata, pode ter contraído a moléstia. Um exame inicial deu positivo, porém, novas análises devem ser feitas para a confirmação. Em Minas Gerais, quatro pessoas já foram diagnosticadas com a enfermidade e outras 51 notificações estão sendo investigadas.
De acordo com a Prefeitura de Viçosa, o paciente deu entrada na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bairro Nova Viçosa, em 23 de julho, com sintomas da doença. A suspeita de familiares é que a criança pode ter contato com familiares, de outras cidades, que estavam infectados. Um médico dianosticou o quadro clínico da moléstia e solicitou a coleta de sangue.
O resultado da amostra deu positivo. Porém, novos exames foram solicitados. “Diante do quadro, atendendo a orientação da Secretaria de Vigilância em Saúde, em 29 de julho, uma nova amostra de sangue para sorologia foi realizada. O resultado desse exame deu IgG positivo, mas IgM Inconclusivo. Seguindo, então, o protocolo para classificação de casos suspeito de sarampo, passo seguinte é realizar nova coleta (já agendada para o próximo dia 13); para só assim, o município poder afirmar se houve ou não caso de sarampo registrado no município. Ou seja, o caso segue em análise”, afirmou a administração municipal.
O estado já confirmou quatro pessoas com a doença em 2019. Mas há o risco da doença ter infectado mais moradores. A Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) já notificou 190 casos suspeitos da moléstia em 73 cidades mineiras. Do total, 51 registros ainda estão sendo investigados. Quatro pessoas foram diagnosticadas com enfermidade.
Este ano, Minas Gerais confirmou o primeiro caso autóctone – quando a transmissão ocorre dentro do território – de sarampo em 20 anos, uma criança de 1 ano, moradora de Belo Horizonte. Outros três casos foram confirmados no estado. No último, o morador começou a sentir os sintomas em março. De lá para cá, não houve nenhuma confirmação da doença, mas 38 notificações continuam sendo investigadas.
Vacina
A forma mais eficaz de evitar o sarampo é por meio da vacinação. A Tríplice Viral, que protege ainda contra a rubéola e a caxumba, é oferecida de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São necessárias duas doses para pessoas de 1 até 29 anos. Quem passou dessa idade precisa ter tomado uma única dose do imunizante.
Em todo o estado, a cobertura vacinal acumulada da vacina Tríplice Viral está em 82,80% para a primeira dose, de pessoas de 1 a 49 anos, e 42,13% para a segunda dose, de 1 a 29 anos. Segundo a SES, 2.612.404 de pessoas não receberam a primeira dose da tríplice viral e outras 5.457.551 não tomaram a segunda dose. A meta estabelecida pelas autoridades de saúde é de 95% de cobertura vacinal.