O período do inverno, historicamente, significa queda do número de casos confirmados de dengue. Em Belo Horizonte, no entanto, cerca de 10 mil novos diagnósticos foram computados desde a última sexta-feira (2), mesmo com a diminuição das chuvas que marcam a estação.
Em boletim divulgado nesta sexta-feira (9), a Secretaria Municipal de Saúde informou que a cidade concentrou 98.123 casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Desses, 20 resultaram em mortes. No levantamento anterior, a prefeitura trabalhava com os números de 88.949 casos e 19 mortes.
A maior parte dos 10 mil novos casos aconteceu em maio deste ano, quando as chuvas já apresentavam desaceleração. A média pluviométrica daquele mês é de 28,1 milímetros, contra 74,7 do mês anterior, por exemplo.
E a situação ainda pode piorar: a cidade ainda tem 16.886 casos investigados de dengue. A maior parte nas regiões Leste e Venda Nova, que concentram metade desses.
Quanto aos territórios administrativos, o Barreiro tem mais casos confirmados que qualquer outro da cidade: 18.058. São outros 16.599 na Região Nordeste e 13.632 em Venda Nova.
A Região Centro-Sul segue a menos prejudicada pela epidemia, com 1.501 casos confirmados.
Quanto aos casos prováveis (soma dos confirmados aos suspeitos), a cidade tem 115.009, taxa semelhante à da semana passada, quando eram 115.418.
Zika e Chikungunya
Também transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a febre chikungunya e o zika vírus também trazem problemas a Belo Horizonte.
Em 2019, foram notificados 165 casos de chikungunya na cidade. Foram confirmados 55 casos, dentre os quais 21 contraídos no município, 15 importados e 19 em locais com origem indefinida. Há 93 casos em investigação.
Quanto à zika, em 2019, foram notificados 302 casos na capital mineira. Há dois casos confirmados para a doença, 238 descartados e 62 permanecem em investigação.