O Conselho Universitário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiu, em reunião na última quinta-feira (8), não recomendar a adesão da instituição à iniciativa lançada pelo governo federal no mês passado, o programa Future-se.
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“É importante destacar que os eixos centrais da proposta, cujas ações seriam delegadas a uma organização social, não levam em consideração os princípios que caracterizam as universidades públicas brasileiras: a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, que busca a formação acadêmico-científica de excelência aliada a uma formação cidadã em todas as áreas do conhecimento”, afirma, em nota, o órgão máximo de deliberação da UFMG, presidido pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida.
No documento, os integrantes do Conselho também lembram que até o momento o governo federal não anunciou medidas para reverter o bloqueio de cerca de 30% imposto aos orçamentos das universidades federais neste ano – no caso da UFMG, os cortes em custeio chegam a R$ 64,5 milhões. “Não se pode pensar o futuro sem que tenhamos segurança para fazer a gestão de nossas universidades no presente”, destacou a nota.
Ao fim do comunicado, o Conselho Universitário convida a comunidade a participar de dois debates sobre a proposta que serão realizados na próxima semana: na segunda-feira, dia 12, às 13h, na Faculdade de Medicina, no campus Saúde, e na terça-feira, 13, às 9h, no CAD1, no campus Pampulha.
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