Asas da imaginação e liberdade para criar estão simplesmente “nas mãos” dos jovens Warley Matoso Coelho, de 19 anos, e Lucas Brendon de Assis, de 21. Na manhã de ontem, recebidos com palmas, os dois participaram da abertura da mostra Vidas interrompidas, no Museu Mineiro, na capital, em homenagem às vítimas de tragédias em barragens no estado.
Ao contrário do que possa pensar, Warley e Lucas não são artistas plásticos, mas detentos que cumprem pena e, junto com mais 38 internos do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), capricharam nos origamis, a tradicional arte japonesa de dobrar o papel. Suspensos, no chão ou numa árvore, há flores, borboletas, grilos, macaquinhos, ninhos, sapos entre cerca de mil peças produzidas ao longo de cinco meses, que dão leveza a episódios tão devastadores.
- SERVIÇO
- Exposição Vidas interrompidas
- Local: Museu Mineiro – Avenida João Pinheiro, 342, Circuito Liberdade, em BH
- Período: até 29 de setembro
- Funcionamento: de terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábado e domingo, das 12h às 19h
- Entrada gratuita