Jornal Estado de Minas

'Prova que estava tudo errado', diz pai que será indenizado por morte da filha na piscina



“Essa decisão prova que estava tudo errado, então acho que foi feito justiça. Infelizmente, o que ficou para mim foi a tragédia toda, mas espero que sirva de lição”, diz o representante comercial Marco Aurélio de Oliveira, de 56 anos, pai da garota Mariana Silva Rabelo de Oliveira, que tinha 8 anos quando morreu afogada na piscina do Jaraguá Country Club, em janeiro de 2014, no Bairro Jaraguá, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. A Justiça condenou o clube a pagar R$ 250 mil de danos morais à família, além de pensão até o momento em que a garota completasse 70 anos. Para o pai da criança, a decisão traz alívio porque confirma que a tragédia foi causada por negligência, já que Mariana se afogou ao ter os cabelos puxados por um tubo que tinha sido modificado e estava sem tela de proteção contra esse tipo de problema.

Na decisão da 28ª Vara Cível de Belo Horizonte, a Justiça entendeu que é “incontestável a responsabilidade do clube requerido pelo acidente ocorrido, revelando-se impositiva a reparação por dano moral”. Ficou determinado o montante de R$ 125 mil para o pai e R$ 125 mil para a mãe da criança, totalizando R$ 250 mil com os danos morais. Além disso, também ficou determinada uma indenização por danos materiais de R$ 1.824, referentes aos custos do funeral da garota.

Por fim, a decisão judicial condenou o Jaraguá a pagar pensão de dois terços do salário mínimo vigente até a data em que Mariana completaria 25 anos e depois um terço do salário mínimo até que ela chegasse aos 70 anos. “Na verdade é só a ratificação de que aquele tubo era uma armadilha colocada numa piscina de criança. Que isso sirva de lição”, desabafa Marco Aurélio.

O que mais incomoda o representante comercial é o fato de a rotina do clube ter seguido exatamente a mesma após a morte de sua filha.
“Ninguém falou nada comigo. Por isso é que foi feito justiça. Se tivesse um trato diferente com o ser humano... Esses anos todos, minha família e eu tivemos que lidar com psicólogos e psiquiatras e ninguém me procurou”, completa Marco Aurélio.
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