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Estado de Minas

Maior fraudador do Brasil se escondeu em ilha particular e vivia recluso há 6 meses

Marcel Mafra Bicalho liderava esquema de pirâmide financeira e foi preso em resort de luxo no distrito de Arraial d'Ajuda em Porto Seguro


postado em 19/08/2019 11:46 / atualizado em 19/08/2019 12:41

 
(foto: Polícia Civil/Divulgação)
(foto: Polícia Civil/Divulgação)

  
Foi preso um dos maiores fraudadores do Brasil envolvendo esquema de pirâmide financeira. Marcel Mafra Bicalho é suspeito de liderar uma organização criminosa que captava investidores no setor de criptomoeda e mercado Forex. Ele foi preso em um resort no distrito de Arraial d'Ajuda, Porto Seguro (BA). Com medo de ameaças ele não saia do local há seis meses. Antes disso, alugou uma ilha particular para se esconder com a família. O golpe vitimou cerca de 6 mil pessoas em todo o país. 

As informações da Polícia Civil dão conta de que há vítimas que tiveram prejuízo superior a R$ 1 milhão com os golpes. Segundo os levantamentos dos policiais civis do Departamento Estadual de Investigação de Crimes contra o Patrimônio (Depatri), Marcel,  organizou uma rede de captadores que prometia retorno dos investimentos a uma taxa de 30% a 100% ao mês, com aporte mínimo de R$ 1,5 mil.

As investigações apontam que o suspeito começou gravando vídeos para explicar como investir no mercado Forex, ainda muito pouco conhecido. A plataforma ensinava, ainda que superficialmente, sobre os lucros e benefícios. Entretanto, por se tratar de um assunto de grande complexidade, logo ele convidava os alunos para investir o dinheiro em sua empresa própria. Os responsáveis pela investigação contam que ele atraia investidores de perfis diversos.

Entretanto, há cerca de um ano, a empresa desapareceu do mercado e Marcel se escondia dos credores de diversas regiões do país. No resort que morava, pelo aluguel de R$ 30 mil ao mês, Marcel contava com seguranças armados e chegou até mesmo a se isolar em uma ilha do litoral baiano em uma das fugas. 
 
A polícia ainda investiga a participação de outras pessoas no crime. Há suspeita de que parte do dinheiro já foi levada para algum paraíso fiscal. 


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