Jornal Estado de Minas

Caminhão que arrastou carros em BH foi vistoriado na semana passada, diz defesa

 

O caminhão que desceu a Rua Professor Aníbal de Matos, no Bairro Santo Antônio (Região Centro-Sul de Belo Horizonte) foi vistoriado na semana passada. É o que afirma a defesa do motorista Ricardo Maciel Pereira, de 57 anos, detido nesta segunda-feira (19).


Em posicionamento enviado ao Estado de Minas, a advogada Tamita Rodrigues disse que Ricardo tem mais de 25 anos de profissão e que a vistoria assegurou que não havia problemas nos freios do veículo.


Por isso, segundo ela, não há possibilidade do veículo de carga ter perdido os freios. A informação vai na contramão do dito pelo Corpo de Bombeiros. No entanto, só a perícia da Polícia Civil poderá chegar a uma conclusão.


Segundo a polícia, o homem foi detido em flagrante por homicídio com dolo eventual. Isto é, mesmo sem querer matar a psicóloga Ivanilda José Basílio Felisberto, de 58, o preso assumiu o risco de tirar uma vida.

 

 


De acordo com um policial militar que atendeu a ocorrência, o homem passou pelo teste do bafômetro, que não constatou consumo de bebidas alcoólicas. A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dele também estava em dia.


Antes de ser efetivamente preso, o homem prestou depoimento na Coordenação de Operações Policiais do Departamento de Trânsito (Detran), na Avenida João Pinheiro, em Belo Horizonte.

Ele também passou por uma companhia da PM próximo ao local do fato.


A ocorrência

 

 


O acidente aconteceu na manhã desta segunda. Os bombeiros informaram que o caminhão descarregava uma caçamba de entulhos, quando “empinou” e perdeu os freios.


O motorista tentou jogar o veículo de carga contra uma árvore para evitar a tragédia, mas só parou quando acertou um carro. No trajeto, ele ainda arrastou outro veículo de passeio. “Primeiro, atingiu a calçada e, em seguida um Palio. O motorista deste carro não se feriu. Continuou a descer a rua até atingir a HRV (onde estava Ivanilda José Basílio Felisberto)”, explicou o tenente Sílvio Roncone Breygil.


A BHTrans interditou a rua da batida, pois existia risco do caminhão descer a via, que é muito íngreme, provocando novos acidentes.

O resgate mobilizou dois guinchos, cinco viaturas dos bombeiros, duas da PMMG, um carro fúnebre, uma ambulância do Samu, além da perícia.


A princípio, as autoridades não descartavam a possibilidade de haver outros mortos ou feridos, mas, após a ação, foi constatada apenas a condutora do carro.

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