No dia seguinte à tragédia envolvendo um caminhão que arrastou dois carros e prensou um contra uma árvore, matando uma psicóloga, outro veículo de carga foi flagrado na Rua Abre Campo, no Bairro Santo Antônio, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A via é paralela à Professor Aníbal de Matos, onde ocorreu o acidente. Segundo a BHTrans, o trânsito de veículos de carga é proibido na via, uma das ladeiras íngremes da região.
Um vídeo gravado pelo jornalista Guilherme Mendes, do site “Fala, GM”, mostra um caminhão carregado e parado na Rua Abre Campo. Ele entrevista o motorista, que se justifica dizendo que a carga está leve e que vai entrar em uma esquina da via.
Um vídeo gravado pelo jornalista Guilherme Mendes, do site “Fala, GM”, mostra um caminhão carregado e parado na Rua Abre Campo. Ele entrevista o motorista, que se justifica dizendo que a carga está leve e que vai entrar em uma esquina da via.
Na edição de hoje, moradores reforçaram ao Estado de Minas o fato de que o desastre de ontem era uma questão de tempo, ao denunciar que o fluxo de caminhões no local é diário e intenso, apesar da proibição exposta em várias placas. Não é uma situação isolada em uma cidade de topografia montanhosa, onde várias vias têm restrição ao tráfego de veículos de carga, devido à inclinação.
Neste ano, segundo a Guarda Municipal, ocorreram apenas 25 autuações por desrespeito a essas áreas de restrição de janeiro a julho, média de 3,6 por mês. No ano passado inteiro foram 29, média de 2,4 por mês. Para trafegar em áreas restritas, os veículos de carga precisam de uma Autorização Especial de Trânsito (AET), conforme o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DEER/MG).
A psicóloga Ivanilda José Basílio Felisberto, de 58 anos, morta no acidente, havia acabado de atender um paciente a domicílio quando foi atingida em seu carro, um HRV vermelho, por um caminhão de transporte de caçambas. Ivanilda era divorciada e deixa um filho, Breno Nascimento, de 30.