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Estado de Minas

Campanha de vacinação animal está suspensa em BH. Saiba como proteger o seu pet

Raiva e leishmaniose são riscos para a saúde dos animais e seus donos; fique atento aos cuidados para evitar a transmissão


postado em 22/08/2019 12:00 / atualizado em 22/08/2019 13:52

Mais de 10 mil animais foram vacinados contra raiva em Nova Serrana(foto: Prefeitura de Nova Serrana/Divulgação)
Mais de 10 mil animais foram vacinados contra raiva em Nova Serrana (foto: Prefeitura de Nova Serrana/Divulgação)
Tradicionalmente realizada em setembro, a edição 2019 da Campanha de Vacinação Animal em Belo Horizonte está, até o momento, suspensa. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde, que não detalhou os motivos da suspensão. No ano passado, cerca de 250 mil cães e gatos foram imunizados na capital. Enquanto uma nova data para as imunizações não é estabelecida, donos de animais precisam redobrar os cuidados para proteger seus pets e evitar a transmissão também para os humanos.

Os dois maiores 'vilões' são a raiva e leishmaniose, ambas doenças de zoonose, ou seja, que podem ser transmitidas para os seres humanos. A raiva acomete mamíferos e é transmitida pela saliva de animais infectados. Para piorar, a doença não tem cura para os animais, que, caso sejam diagnosticados com a doença, precisam ser sacrificados. A única forma de prevenção é a vacinação antirrábica, fornecida de forma gratuita no país.

Já a leishmaniose é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito-palha e atinge animais e, eventualmente, o homem. Ao contrário da raiva, ela não tem vacinação gratuita. O combate à doença é feito pelo Ministério da Saúde através de ações de conscientização, diagnóstico e controle do vetor, desenvolvidas “segundo a demanda de áreas de risco, que são definidas conforme a ocorrência de casos humanos, a prevalência canina, condições ambientais, e fatores de vulnerabilidade social”, informa o órgão.

A leishmaniose pode ser evitada com cuidados simples, principalmente mantendo limpos e livres de entulhos os ambientes que abrigam os animais. Em caso de infecção, os animais podem aparecer feridas na pele, principalmente no focinho, orelhas e articulações, descamação da pele, crescimento anormal das unhas e perda de pelos. Entre os sintomas da doença em humanos estão a febre, a anemia, palidez, falta de apetite, perda de peso e inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.

Se na capital a campanha se encontra temporariamente suspensa, em algumas cidades do interior do estado a imunização vem ocorrendo normalmente. Em Nova Serrana, na Região Centro Oeste, a campanha foi concluída na segunda-feira, com mais de 10 mil animais sendo imunizados contra a raiva. Nas comunidades rurais de Montes Claros, no Norte de Minas, 2.250 cães e gatos foram vacinados no último sábado.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Montes Claros também realizou a Semana de Controle e Combate à Leishmaniose. Agentes visitaram unidades de saúde e escolas públicas localizadas nas regiões onde foi identificado o risco maior da doença, levando informação aos estudantes.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira


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