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Estado de Minas

Homem mantém mulher em cárcere privado e a obriga a ajoelhar e confessar traição com Bíblia aberta

Filha da vítima diz que agressões físicas e psicológicas ocorrem há mais de 12 anos. Polícia instaura inquérito. Medida protetiva é solicitada


postado em 22/08/2019 20:55 / atualizado em 23/08/2019 21:39

Homem de 51 anos é suspeito de agressão física e psicológica, e por cárcere privado(foto: Google Street View/Reprodução)
Homem de 51 anos é suspeito de agressão física e psicológica, e por cárcere privado (foto: Google Street View/Reprodução)
 
Um homem de 51 anos é detido por agredir sua mulher de 40 anos e por mantê-la em cárcere privado entre segunda-feira (19) e terça (20), no Bairro Jonas Veiga, Região Leste de Belo Horizonte. A mulher teve suas mãos e pés amarrados no sofá e foi impedida de sair de casa. A filha da vítima, de 18 anos, também foi agredida e levada com hematomas nos olhos à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Leste de BH. 

Segundo relatos das vítimas à polícia, o suspeito colocou a mulher de joelhos e a questionou sobre uma possível traição, abriu a Bíblia e a fez confessar seu ''pecado''. Como ela se recusou, ele a espancou com tapas no ouvido, no rosto, e socos na boca. Vizinhas ouviram as agressões, mas elas não foram encontradas para testemunhar.  

A vítima conta que o acusado pegou três facas. Uma seria para matá-la, a segunda para sua filha e a terceira seria usada para o seu suicídio. O homem tentou esfaqueá-la, porém, ela começou a gritar e ele parou.  

As agressões físicas e psicológicas, como torturas e cuspidas no rosto da mulher, vêm ocorrendo há mais de 12 anos, de acordo com a filha. A jovem também disse aos policiais que quando era criança seu padrasto já havia tentado estuprá-la, porém, ela não foi ouvida quando relatou o assédio aos familiares.

O acionamento da Polícia Militar só foi possivel quando a jovem conseguiu ligar para sua tia, que veio de outro estado para socorrê-las.

O agressor foi levado para a Delegacia de Plantão de Atendimento à Mulher em Belo Horizonte, onde foi ouvido e liberado. Segundo a Polícia Civil, foi instaurado um inquérito para apuração da denúncia e solicitada medida protetiva para as vítimas. O inquérito é mantido em sigilo para não atrapalhar as investigações.  
 
* Estagiára sob supervisão Vera Schmitz


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