Um idoso de 65 anos, que estava desaparecido há mais de uma semana, foi encontrado morto com sinais de violência. O corpo de Luiz Antônio Emery da Fonseca foi localizado na última sexta-feira em sua residência, em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas.
O idoso foi torturado e queimado no interior da própria residência e enterrado embaixo de um pé de limão, no quintal da casa dele. Os suspeitos foram identificados e presos pela Polícia Civil.
De acordo com o delegado regional Leonardo Pio, a crueldade dos criminosos surpreendeu a polícia. A dupla foi até a casa de Luiz e o agrediu, o que o fez cair. “Eles pegaram um pedaço de cabo de vassoura, amarraram um barbante, para tentar enforcá-lo, visando matá-lo. Uma vez que a vítima não morria, os dois pegaram a vítima e arrastaram até o banheiro. Pegaram diversos tecidos, inclusive pedaços de espuma, atearam fogo à vítima com gasolina. Fecharam a porta e deixaram a vítima queimar lá”, contou.
A polícia prendeu Morenilson Santos de Almeida, de 18 anos, e faz buscas por Pablo Henrique Araujo de Melo, de 19, considerado foragido. Segundo as investigações, os dois tinham o costume de frequentar a casa da vítima para fazer uso de bebida alcoólica. Eles tinham a intenção de matar Luiz Antônio para roubá-lo.
“O Morenilson alega que sabia que a vítima tinha dinheiro na residência e pretendia subtrair o dinheiro e gastar com bebidas e drogas”, disse o delegado.
Câmeras de segurança ajudaram a polícia a descobrir o que aconteceu. Depois de confessar o crime, Morenilson mostrou onde havia escondido o corpo de Luiz Antônio, que estava enterrado perto de um pé de limão no quintal da casa onde o aposentado morava, no Bairro Jardim das Acácias, em Divinópolis.
Morenilson ainda contou que depois de enterrar a vítima sentiu sede. Ele pegou alguns limões na árvore onde havia escondido o corpo, fez uma limonada e se refrescou antes de fugir.
As investigações ainda mostram que os criminosos roubaram R$ 20 que estavam no guarda-roupa da vítima e sucatas que ele guardava em casa. Os criminosos venderam o material por R$ 53. Com o dinheiro, os criminosos pretendiam comprar uma garrafa de uísque falsificado.
A polícia espera agora descobrir o paradeiro do segundo suspeito para concluir as investigações. “O Pablo hoje é tratado como foragido da Justiça e a polícia continua as diligências no sentido de capturá-lo e prendê-lo”, afirmou Pio.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.