Três pessoas foram presas, nesta segunda-feira, acusadas de matarem Aline da Silva Pereira, de 27 anos, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime bárbaro ocorreu em 6 de maio deste ano. O corpo da vítima foi localizado dois dias depois.
As suspeitas são de que os presos teriam tramado o assassinato de Aline após Elisa da Silva Anacleto, de 38, ter descoberto um caso extraconjugal da vítima com o seu marido, Wanderley Costa dos Santos, também de 38.
O amante teria levado Aline para um lugar de acesso limitado, pouco povoado e com pouca iluminação. Eles chegaram ao local por volta das 23h, quando foi constatada a emboscada. Por lá, estavam Elisa, mulher de Wanderley, e o irmão dela Mateus Fontes Anacleto, de 20 anos, esperando a vítima.
Aline e Elisa começaram a discutir e a se agredir. Quando Aline tentou fugir, seu amante, Wanderley, a segurou com uma gravata no pescoço e a asfixiou. As investigações apontam que, após a morte, Elisa e Mateus teriam levado a vítima para próximo de um rio.
Os três retornaram para casa. Aline foi localizada sem identificação e reconhecida pela família duas semanas depois, quando se deu início às investigações.
Investigações
Durante as investigações, foi realizada a reconstituição do caso, que reconheceu os carros utilizados no crime com ajuda de câmeras de segurança do caminho percorrido por eles.
A polícia acredita que Wanderley foi motivado a realizar o crime, pois se sentiu traído quando descobriu que Aline se prostituía, mesmo ela afirmando que só se relacionava com ele.
De acordo com a delegada Adriana das Neves Rosa, Wanderley e Elisa confessaram a autoria do crime. “Somente o Mateus que se recusa a colaborar com as investigações”, afirmou.
Os três suspeitos foram presos preventivamente e devem responder por homicídio qualificado por motivo fútil. O inquérito deverá ser concluído nos próximos dias. Se condenados, eles podem cumprir de 13 a 30 anos de reclusão.
Os três já haviam sido presos temporariamente no dia 22 de julho e, expirado o prazo dos 30 dias, foram postos em liberdade. “A PCMG já havia solicitado à Justiça a conversão das temporárias por prisões preventivas, que só foram decretadas pelo Judiciário após a liberação dos presos”, afirmou a instituição.
“Eles vão responder pelo caso presos. Com certeza serão condenados porque as provas estão bem robustas e vão pagar pelo crime bárbaro que cometeram”, disse a delegada.
A vítima Aline da Silva Pereira deixou cinco filhos com idades entre 2 e 11 anos, que ficaram aos cuidados de familiares.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.