Apontado como um dos líderes da quadrilha que assassinou um advogado no Bairro Castelo, na Região da Pampulha, está sendo julgado pelo crime nesta quarta-feira. Luís Henrique do Nascimento, conhecido como Totó, é acusado de matar Jayme Eulálio de Oliveira, em outubro de 2013, com tiros de fuzil. A vítima chegava na porta de casa quando acabou morto. O crime teria sido encomendada pela organização criminosa para cobrar R$ 100 mil pela defesa de ladrões de um posto de gasolina. Segundo as investigações, a vítima pediu o valor, dizendo que atuaria para livrar os criminosos da cadeia, mas não conseguiu evitar as prisões.
Além de Luís Henrique, outro réu, Douglas Miranda Martins, seria julgado nesta quarta-feira. Porém, o processo foi desmembrado, pois o advogado dele teve problemas de saúde. A data do novo julgamento ainda não foi divulgada. Em maio do ano passado, dois homens acusados da morte de Jayme foram inocentados.
O júri teve início na manhã desta quarta-feira, quando foram ouvidas testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação. Durante a tarde, acontece a fase de debates. Somente depois, os jurados vão se reunir para decidir pela condenação ou absolvição do réu.
O crime ocorreu em outubro de 2013. Quando Jayme parou seu Ford Fusion na entrada da garagem do prédio onde morava, na Rua Cecília Fonseca Coutinho, foi surpreendido pelos criminosos. Com a conclusão do inquérito da Polícia Civil, seis pessoas foram indiciadas e tiveram mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça.
A desavença entre a quadrilha e o advogado, segundo as investigações, teria começado depois de um assalto a um posto de combustível, em outubro de 2013. Por causa desse crime, a quadrilha procurou Jayme para livrar o grupo da prisão. Nas negociações, a vítima pediu R$ 100 mil para libertá-los. O valor chegou a ser pago pelos criminosos, mas o advogado não teve sucesso na defesa. Por isso, o grupo teria armado uma emboscada para assassinar o homem.
Segundo a Polícia Civil, um integrante do grupo ameaçou o advogado e pediu a devolução do dinheiro. Porém, ainda segundo os investigadores, o defensor disse que não devolveria. A vítima foi surpreendida quando chegava em casa no início da noite. Imagens de câmeras de segurança coletadas pelos investigadores na época do crime revelaram dois homens usando capuz e disparando tiros de pistola e fuzil no carro em que estava o advogado.