Os levantamentos para tentar desvendar o assassinato do comerciante Rogério Francisco Viana, de 51 anos, que era familiar de um policial civil, estão sendo feitos por equipes do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). Nenhuma linha de investigação foi descartada. Para a Polícia Civil, há somente uma certeza: se trata de uma execução. “Ficou claro para gente que foi uma execução”, afirmou a delegada Bianca Mondaini, da delegacia de Homicídios do Barreiro, responsável pelo caso.
O assassinato aconteceu em plena luz do dia e assustou os moradores do Bairro Vista Alegre, Região Oeste de Belo Horizonte. testemunhas contaram que a caminhonete da vítima, que é empresário, foi cercada por um Fiat Uno. Dois homens encapuzados desceram do automóvel e atiraram várias vezes contra a Hilux. Em seguida, fugiram em alta velocidade por um trajeto não informado.
Levantamentos da Polícia Civil apontam que, ao menos dois carros e quatro pessoas, tiveram participação no homicídio. “Ainda é muito cedo para revelar as informações que estão sendo colhidas, pois ainda tem muito levantamento. As equipes estão todas nas ruas empenhadas. Já colhemos algumas informações. Possivelmente dois carros envolvidos, duas armas diferentes”, comentou a delegada.
Quando os policiais militares chegaram ao local, encontraram a caminhonete parcialmente na calçada. A Hilux atingiu uma barra de ferro e o muro de uma residência antes de parar. Os militares tiveram que quebrar o vidro o automóvel para acessar a vítima, que apresentava várias marcas de tiros. O Serviço de Atendimento Móvel Urgência (Samu) foi acionado e as equipes constataram a morte do homem.
Execução
Devido a ocorrência, dezenas de viaturas das polícias civil e militar foram ao local. A perícia da Polícia Civil constatou que a caminhonete foi atingida por vários disparos de armas calibre .40 e 9 milímetros. Há marcas de tiros nas duas portas dianteiras, no capô, e no parabrisa. Um outro veículo que estava parado na via também foi atingido. Cápsulas dos dois calibres foram apreendidas na rua.
Nenhum pertence da vítima foi levado. “Mais uma vez reforça uma execução. Dinheiro, o cordão de ouro da vítima, documentos entre outros percentes, estavam dentro do carro”, comentou a delegada. “(a vítima)Não tinha nada de problemas na polícia que poderia desencadear este homicídio. Então, vamos investigar de um forma mais aprofundada”, finalizou Bianca Mondaini.
A delegada solicita que a população faça denúncias com informações que possam colaborar com a investigação. “Qualquer contribuição da sociedade e de moradores do bairro seria interessante. Existe o 181 que garante o sigilo das informações. Com certeza houve testemunho presencial e este tipo de colabopração é fundamental para o procedimento da Polícia Civil”, afirmou.